Paraná

IDR-Paraná e parceiros iniciam Alerta Ferrugem para monitorar doença que afeta a soja

Trata-se da ferrugem-asiática, que impacta na produtividade das lavouras.

18 out 23 - 00h07 Redação SOT
IDR-Paraná e parceiros iniciam Alerta Ferrugem para monitorar doença que afeta a soja

O Alerta Ferugem já começou no Paraná pelo oitavo ano consecutivo. A iniciativa organiza uma rede de monitoramento da ferrugem-asiática, principal doença da soja e a que mais preocupa os agricultores porque impacta diretamente na produtividade das lavouras. A rede monitoramento é encabeçada pelo Instituto de Desenvolvimento do Paraná (IDR-Paraná), em parceria com Embrapa Soja, Sistema Federação da Agricultura do Paraná e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar) e universidades estaduais de Londrina (UEL) e Ponta Grossa (UEPG), Federal do Paraná (UFPR) e Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). 

O principal dano causado pela doença é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade. Com o auxílio de coletores de esporos, distribuídos pelas regiões produtoras, agricultores e profissionais da assistência técnica têm como detectar a presença do agente que, combinado às condições climáticas favoráveis, pode causar a doença nas lavouras. De acordo com especialistas, a ocorrência do El Niño pode antecipar o aparecimento da ferrugem neste ano.

A exemplo das safras anteriores, espera-se que o Alerta Ferrugem reduza em mais de 30% o número de aplicações de fungicidas nos plantios de produtores que acompanham as informações divulgadas pelo monitoramento.

Edivan José Possamai, coordenador estadual do projeto Grãos Sustentáveis do IDR-Paraná, informa que, neste ano, aproximadamente 200 propriedades do Estado contarão com os coletores de esporos. Além disso, 110 extensionistas do instituto estarão envolvidos na análise dos dados e assistência aos produtores.

“O coletor é mais uma ferramenta para o manejo da ferrugem-asiática da soja. Ele identifica a chegada dos esporos em uma região e ajuda a determinar o momento exato de fazer a aplicação de fungicida”, afirmou. Possamai explica que, além dos esporos, é preciso haver umidade e temperatura adequadas para o desenvolvimento da doença nas lavouras.

O sistema Alerta Ferrugem, destaca ele, evita aplicações desnecessárias, precoces ou tardias de fungicida que não surtem qualquer efeito sobre a ferrugem. Nas sete safras passadas o monitoramento da doença teve um impacto relevante para os produtores. “Observamos uma redução de 38% no número de aplicações, sem perda de produtividade”, informa.

MAIS CEDO - Nesta safra a ferrugem-asiática da soja pode chegar mais cedo nas lavouras do Paraná. De acordo com Possamai, dois fatores contribuem para esta antecipação. O primeiro deles é que o inverno ameno deste ano, sem geadas fortes, beneficiou o desenvolvimento da soja “guaxa” (plantas que nascem espontaneamente), sobretudo onde o vazio sanitário da soja não foi realizado com rigor, o que garantiu a sobrevivência da doença em plantas espontâneas.

O segundo motivo é o clima, sob influência do El Niño, que aumenta a ocorrência de chuvas e umidade, condição ideal para o desenvolvimento da doença.

Via: Agência de Noticias do Paraná - Foto: Divulgação


Envie sugestões de Pautas, Fotos, Videos, ou Participe do grupo no WhatsApp ou do nosso Canal no Telegram receba as principais notícias do oeste do Paraná em primeira mão! 

CANAL NO WHATSAPP  -  CANAL DO TELEGRAM - GOOGLE NEWS 



Leia Também:
Publicar um comentário:
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.