Quadri já admite retomar a instalação do Hospital de Campanha em Capitão

Capitão Leônidas Marques – A montagem e funcionamento do Hospital de Campanha, em Capitão Leônidas Marques, voltou a ser discutida no Comitê de Enfrentamento do Coronavírus (Coe). O prefeito, Claudio Quadri, vem acompanhando, atentamente, a evolução no número de casos na região e se mostrou preocupado com o momentâneo colapso de atendimento em unidades como Cascavel, que é a principal referência regional no atendimento de casos graves da doença.

Quadri ainda se mostra cauteloso, mas já admite a possibilidade de retomar a proposta de abertura do hospital e campanha. Esse assunto, aliás, vem ganhando mais força a cada dia. Nestas últimas horas, por exemplo, Quadri conversou a direção da Décima Regional de Saúde, em Cascavel para discutir uma proposta de gestão compartilhada. Ele propôs que o governo do Estado apoie a unidade de campanha microrregional. Esse apoio, segundo o prefeito seria dado através de mão-de-obra e insumos. As conversações parecem caminhar de forma bastante célere.

Enquanto isso, Quadri vem buscando alternativas. Ele poderá firmar convênio com instituições de ensino de Cascavel para completar as equipes médicas que farão os turnos no Hospital. Tudo isso voltou à pauta com bastante força diante de uma situação de emergência que começa a ser vislumbrada no horizonte.

Além dessa situação, o Município lança mão de alternativas. Na quarta-feira Quadri editou um novo decreto com medidas mais intensas de combate à doença.  Horas antes o hospital da cidade que trata pacientes de coronavírus precisou afastar sete funcionários que apresentaram sintomas e foram dados como casos suspeitos. Com isso, toda a equipe que se mantém ativa, dá sinais de extremo cansaço. Esse grupo afastado ficará em isolamento domiciliar por sete dias e começa a retornar na próxima semana. Antes, porém, todos serão submetidos a exames e, caso testem positivo, precisarão ficar isolados por mais 15 dias.

Ao conversar com o Jornal ABC/NPR, Claudio resumiu a luta contra o coronavírus a uma guerra. “Isso é muito parecido. Na guerra as tropas avançam em direção ao inimigo por alguns dias e, de repente, precisam recuar. Assim é a nossa luta diária aqui em Capitão”, resumiu. A montagem da estrutura do hospital microrregional de campanha demora cerca de uma semana. O local já possui grande parte da mobília e dos equipamentos necessários ao funcionamento. A proposta só não foi adiante porque na época a situação ainda era considerada calma e a rede hospitalar da região tinha espaço para atendimento. Hoje, porém o cenário é outro.