O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, conversou na manhã desta quinta-feira (26/10), por videoconferência, com integrantes do Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, que reúne familiares de pessoas que desapareceram ou foram capturadas como reféns pelo Hamas, em Israel, no último dia 7 de outubro.
A videoconferência ocorreu a pedido do Fórum de Famílias, por meio de carta endereçada a Lula na sequência dos atos terroristas do Hamas. Participaram da conversa familiares de um brasileiro que se encontra desaparecido.
Depois de ouvir os familiares dos raptados, o presidente Lula condenou ataques contra civis, em quaisquer circunstâncias, e enfatizou a importância de que as pessoas diretamente atingidas pelo terrorismo e pela guerra sejam ouvidas. Lembrou que, nos dois lados do conflito, há pessoas que desejam a paz.
Os familiares relataram as histórias da captura e da perda de contato com seus parentes. Vários deles são jovens raptados pelo Hamas durante um festival de música. Alguns sofrem de doenças crônicas e estão sem seus remédios de uso contínuo. Na maior parte dos casos, sequer há evidência de que estejam vivos.
Expressando sua solidariedade, o presidente manifestou que, como pai e avô, compartilha a dor das famílias afetadas e afirmou que o Brasil também está em luto pelo ocorrido. Recordou, ainda, as duas viagens que fez para Israel, em 1993 e 2010, e a excelente relação que manteve com o ex-presidente Shimon Peres.
O Fórum de Famílias pediu ao presidente que siga apoiando o pleito do grupo pela libertação de reféns. O presidente respondeu estar pessoalmente empenhado na construção da paz, na libertação dos reféns e na abertura de um corredor humanitário. Assegurou que tem tratado a questão como prioridade nas conversas que vem mantendo com líderes internacionais sobre a crise israelo-palestina. Lula já esteve em contato com os dirigentes dos Emirados Árabes Unidos, de Israel, da Palestina, do Egito, da França, da Rússia, da Turquia, do Irã, do Catar e do Conselho Europeu.
O presidente recordou que a resolução apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU, que recebeu amplo apoio dos membros do Conselho, mas foi vetada por apenas um deles, continha referência expressa à necessidade de libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas. Garantiu que o país continuará trabalhando pela libertação dos reféns ao longo de seu mandato no órgão e mesmo depois de seu término, em dezembro.
O presidente se fez acompanhar pelo senador Jaques Wagner, líder do governo no Senado, e da assessora especial Clara Ant, ambos de origem judaica, e do assessor para Assuntos Internacionais, Celso Amorim.
Via: Agência Brasil - Foto: Ricardo Stuckert/PR
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