A Itaipu Binacional foi um dos destaques da programação da Conferência de Bioenergia BBEST & IEA Bioenergy 2024, que termina nesta quinta-feira (24), em São Paulo. O evento reúne especialistas do Brasil e do exterior, pesquisadores, empresários e autoridades públicas para discutir o tema “A bioenergia e os bioprodutos: acelerando a transição em direção à sustentabilidade”.
O superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Rogério Meneghetti, representou o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, na abertura da Conferência, na terça-feira (22), e participou da mesa de discussões Biometano e Bio-hidrogênio, nesta quinta-feira (24), ao lado de especialistas da Alemanha, Países Baixos e Brasil. A Itaipu também levou para o evento um estande com apresentação de vídeos institucionais e atrações como óculos de realidade virtual.
Em sua apresentação, “Bioenergia no Brasil: Regulamentação e Legislação”, Meneghetti falou sobre os investimentos de Itaipu dentro de sua área de influência, no Paraná e Mato Grosso do Sul, detalhou alguns dos projetos-pilotos na área de energias renováveis e demonstrou como as iniciativas da empresa foram importantes para regular o setor, criar segurança jurídica e permitir investimentos massivos no País.
Como exemplo, ele citou a primeira planta de microgeração distribuída do Brasil, a partir do biogás, implantada no Oeste do Paraná, em projeto apoiado pela Itaipu. Essa iniciativa, de 2008, foi base para normativas técnicas sobre a matéria, que resultaram na Lei de Geração Distribuída, de 2022. Hoje, o Brasil conta com 137 MW de potência instalada em plantas de mini e microgeração distribuída de biogás e 32,8 GW em plantas de energia solar – que equivalem a mais de duas usinas do tamanho da Itaipu.
A empresa também foi pioneira no refino do biogás para produção de biometano – combustível que passou a abastecer os veículos da própria Itaipu. Esse projeto contribuiu para a aprovação da Resolução 8/2015, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que estabelece a especificações do biometano e reconhece a equivalência com o gás natural; para a Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio), de 2017; e para o estabelecimento de regras para o controle de qualidade do biometano proveniente de aterros sanitários e estações de tratamento de esgoto (2022).
Um das últimas iniciativas da Itaipu no setor, já em 2024, foi a instalação da primeira planta-piloto do Brasil para a produção de petróleo sintético a partir de biogás, com foco na geração de combustível sustentável para aviação (SAF). O projeto é resultado de uma parceria que envolveu o governo da Alemanha, o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), a Universidade Federal do Paraná (UFPR), entre outras instituições.
As ações da empresa foram determinantes para a escolha de Foz do Iguaçu (PR) como sede da reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 e as reuniões da Clean Energy Ministerial (CEM) e da Mission Innovation (MI), em setembro. A cidade foi a única não capital a receber uma programação ministerial do G20. “Todos os projetos-pilotos da Itaipu, como geração distribuída, biometano, hidrogênio verde, SAF, foram importantes para a regulação desses temas no País, o que demonstra o papel de liderança da empresa em transição energética”, reforçou Meneghetti.
A Conferência BBEST & IEA Bioenergy 2024 foi organizada pelo Programa de Pesquisa em Bioenergia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Bioen/Fapesp), em parceria com o Programa de Colaboração em Tecnologia de Bioenergia da Agência Internacional de Energia (IEA Bioenergy) e a Bioenergy Society (SBE).
Via: Assessoria Itaipu Binacional - Foto: Divulgação
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