Paraná

Banco da Mulher Paranaense soma R$ 45 milhões em crédito contratado

Programa operacionalizado pela Fomento Paraná foi lançado pelo governador Ratinho e...

05 fev 21 - 09h58 Redação SOT
Banco da Mulher Paranaense soma R$ 45 milhões em crédito contratado

Lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em setembro de 2019, o programa Banco da Mulher Paranaense já beneficiou mais de 3.600 empreendimentos capitaneados por mulheres com a liberação de R$ 45 milhões em crédito pela Fomento Paraná.

Com esse programa aumentou de 54% para 59% o volume de empreendimentos de mulheres atendidos com a liberação de microcrédito, principal linha da instituição em volume de operações. Considerando apenas o ano de 2020, dos R$ 51,5 milhões contratados em microcrédito no período, R$ 30,1 milhões foram destinados para empreendimentos com a participação de mulheres como proprietárias ou sócias.

“A intenção do governador Ratinho Junior mostrou-se muito assertiva. Estamos ajudando as empreendedoras a vencer uma grande barreira, que é o acesso ao crédito para poder tocar seus empreendimentos e melhorar a renda da família”, afirma Heraldo Neves, diretor-presidente da Fomento Paraná. “Os dados do Sebrae mostravam que somente 3% das mulheres que iniciavam uma atividade empreendedora tinham acesso a crédito para isso. Estamos trabalhando para mudar essa realidade no Paraná”.

Uma constatação importante da área de Planejamento Estratégico da instituição nesse programa é que, em média, a inadimplência de contratos de microcrédito para empreendimentos que têm mulheres como proprietárias ou sócias é menor do que nos demais contratos. A proporção é de 5% entre empreendimentos de mulheres, contra 7% nos demais contratos de microcrédito firmados no mesmo período analisado em 2020.

EMPREENDEDORISMO – O Banco da Mulher Paranaense é uma ação prevista no plano de governo, destinada a estimular o empreendedorismo feminino facilitando o acesso ao crédito para empreendedoras no Paraná.

Dados do Sebrae mostram que mais da metade dos novos negócios são abertos por mulheres, especialmente no setor de serviços. A maioria empreende por necessidade, para cuidar dos filhos e sustentar a família. Quase todas precisam começar do zero, sem recursos, ou com alguma poupança familiar, pois pouquíssimas têm acesso a crédito para iniciar a atividade.

Na Fomento Paraná podem ser atendidos empreendimentos de todos os setores da atividade econômica que tenham mulheres como proprietárias ou sócias.

Está disponível uma linha de microcrédito, em valores de R$ 1 mil a R$ 20 mil, que atende empreendimentos informais, Microempreendedoras Individuais (MEI) ou microempresas com faturamento anual de até R$ 360 mil. O prazo para pagar é de até 36 meses, com três meses de carência, e a taxa de juros é a partir de 0,76% ao mês.

Micro e pequenas empresas instaladas em solo paranaense e com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões podem financiar valores entre R$ 20 mil e R$ 500 mil. O prazo para pagar é de até 60 meses e a carência incluída no prazo varia de 3 a 12 meses. A taxa de juros varia de 0,16% a 1,28% ao mês, dependendo da linha de financiamento e da análise do crédito.

A Fomento Paraná está estruturando também o Fundo de Capital de Risco - FCR, com objetivo de também apoiar financeiramente startups com as mesmas características, por meio da participação no risco dos negócios.

EXEMPLOS – Um empreendimento apoiado foi a Ludique Design, de Curitiba, das arquitetas Bianca Decker e Maria Fernanda Bagatin, que montaram uma loja colaborativa, em que os lojistas levavam e vendiam o próprio estoque.

“Com o tempo e amadurecimento da ideia, transformamos em uma loja normal, que vende produtos infanto-juvenis, brinquedos educativos, roupas e também móveis e decoração, tudo voltado a este público”, conta Bianca.

No início, em 2019, tudo foi feito com recursos próprios. No ano passado a loja precisou de capital para continuidade das atividades e para ampliar o estoque. As sócias procuraram no mercado por juros mais baixos e melhores condições para pagar. Foi aí que conheceram o Banco da Mulher Paranaense, operado pela Fomento Paraná.

Além do capital de giro, aproveitaram a oportunidade para investir no crescimento da loja. “Percebemos que seria uma boa hora para aumentar o leque de produtos ofertados e de fazer melhorias no espaço físico. Nisso o Banco da Mulher Paranaense nos ajudou, já que as condições de pagamento e as taxas são muito boas”, afirma Bianca.

A paulista Débora Veroneze mudou-se para Curitiba em 2009 e começou a vender massas italianas de porta em porta. “O começo foi muito difícil, tinha que buscar clientes um a um”, relata a empreendedora.

Anos mais tarde Débora formou-se Técnica em Nutrição e trabalhou em uma cozinha industrial de uma empresa, por dois anos. Mas o sonho de empreender permanecia. “Os antigos clientes começaram a pedir e insistir para eu voltar a produzir as massas”, comenta.

No ano passado, a família adquiriu um imóvel no bairro Uberaba para morar e também montar o sonhado negócio próprio. “O lugar tem bastante movimento e fica em frente a uma escola”, afirma. 

Para comprar os equipamentos necessários faltava dinheiro. Ela ficou sabendo da Fomento Paraná e do Banco da Mulher Paranaense por meio de cursos do Sebrae. “Se não fosse a Fomento eu não teria conseguido”, destaca a empreendedora.

Com o crédito, reformou o espaço físico, adquiriu equipamentos e móveis para montar a loja. Em novembro abriu o Empório Veroneze, onde vende massas, de lasanha a nhoque, de panqueca a pierogi. Os produtos são vendidos prontos, com os molhos separados. “O cliente só precisa colocar no forno para assar”, comenta.

PAPELARIA – Outra empreendedora atendida pelo Banco da Mulher Paranaense é Maria Zilnar Santos Santana Riedi, moradora de Alto Piquiri, no Noroeste do Estado, onde ela mantém uma livraria e papelaria há 18 anos.

Maria é cliente antiga do microcrédito da Fomento Paraná e como a maioria dos empresários, também precisou fechar as portas por um período no ano passado, devido a um decreto municipal para prevenção da Covid-19, e em seguida porque o filho dela contraiu a doença.

Para poder pagar as contas e sustentar o empreendimento ela recorreu à Fomento Paraná e contratou um financiamento da linha Paraná Recupera e um microcrédito do Banco da Mulher Paranaense. “O crédito me ajudou muito. Salvou a papelaria num momento difícil e aliviou o caixa”, comenta a empreendedora. “Se no futuro eu precisar de crédito novamente vou na Fomento Paraná com certeza”, completa.

Via: Agência de Noticias do Paraná - Foto: Divulgação


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