As hepatites são doenças que causam inflamação no fígado, em graus variados. Geralmente são silenciosas e não causam sintomas, mas podem levar a casos graves e até a cirrose. O fígado é conhecido como o filtro do organismo. É ele o encarregado de processar alimentos, filtrar o sangue e combater infecções. “Eu não tive nenhum sintoma inicial, aparentemente estava tudo normal, só descobri que havia algo de errado com as plaquetas depois que fiz um exame de sangue, resultando em uma hepatite C”, contou Caibar Fernandes Olsen, de 69 anos.
No mês de julho, o Hospital do Câncer Uopeccan conscientiza a população sobre as hepatites virais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) designou, em 2010, o dia 28 de julho como o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Após dois anos do transplante de fígado, Cairbar ressalta que a maior lição aprendida nesse processo foi valorizar mais a vida e agradecer cada minuto a Deus. “A adaptação foi muito boa, algumas mudanças na rotina seguindo todas as orientações médicas sobre alimentação, trabalho e os cuidados para tomar os medicamentos corretamente evitando a rejeição”, finalizou
O transplante de fígado pode ser indicado quando o órgão se encontra gravemente comprometido e deixa de funcionar, como pode acontecer em caso de cirrose e hepatite fulminante, em pessoas de qualquer idade. “Quando o paciente Cairbar foi admitido no serviço e posteriormente convocado para o transplante na Uopeccan, já estava em tratamento da hepatite C, e não obteve cura do vírus. Após, foi realizado um segundo tratamento pelo médico infectologista da cidade de origem, e nesta ocasião ele teve sucesso. Hoje ele está curado da hepatite C, e mantêm acompanhamento médico”, declarou a hepatologista da Uopeccan, Dra. Lilian Cabral dos Santos.
Hepatites viriais: A, B, C, D e E
As hepatites A e E só se manifestam de forma aguda, e o paciente elimina o vírus do organismo depois da crise. Mas os tipos B, C e D podem cronificar, e levar a cirrose e a câncer de fígado. O vírus da hepatite B é transmitido principalmente por relação sexual, e é considerada uma DST (doença sexualmente transmissível).
“Para evitar essa hepatite o recomendável é utilizar preservativo durante o ato sexual. Lembrando que também pode ser transmitido a doença, da mãe para o recém-nascido no momento do parto, através de acidentes perfurocortantes e procedimentos sem adequada esterilização (manicure, piercing, tatuagem e barbeiro), e através de transfusão de sangue. É importante frisar que para a hepatite B existe vacina, que está disponível e é recomendada para toda a população, e é administrada em 3 doses”, orientou a hepatologista Lilian Cabral.
Já o vírus da hepatite C é transmitido principalmente por transfusão de sangue. Hoje em dia os bancos de sangue no Brasil têm um rigoroso controle dessas amostras. “Para a hepatite C não existe vacina, mas o tratamento é muito eficiente, com taxas de cura perto de 100%. Portanto, o Ministério da Saúde recomenda que toda pessoa acima dos 40 anos realize um teste rápido para hepatite C”, finalizou a médica.
Hepatites medicamentosa
Em tempos de pandemia, as hepatites medicamentosas também são bastante frequentes, pois muitas pessoas têm feito uso de medicamentos sem orientação e por tempo prolongado. “As alterações das hepatites por medicamentos são muito variáveis, dependendo do medicamento e do tempo de exposição; variando desde alterações discretas nos exames de sangue, a casos graves em que ocorre insuficiência hepática aguda (parada do funcionamento do fígado)”, destacou a hepatologista, Lilian.
Com a chegada do inverno, a médica destacou ainda, que com as baixas temperaturas aumenta o consumo de chás naturais, porém as pessoas precisam tomar cuidado com os produtos que são ingeridos. “Muitos chás e ervas também têm o potencial de causar lesões variadas no fígado, principalmente os chás com fins medicinais. Nem tudo que é “natural” é inofensivo”.
Via: Assessoria Uopeccan - Foto: Divulgação
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