Psicólogo orienta sobre como administrar os hábitos em tempos de pandemia
Alguns comportamentos são tidos de forma automática e isso nos leva a ficar ansiosos diante do isolamento social...
“Se puder, fique em casa”. Essa é a frase mais vista desde o início da pandemia no País. O avanço da doença causada pelo novo coronavírus (Covid-19) no Brasil revelou a importância dos cuidados básicos não só de higiene, distanciamento social, mas também de controlar hábitos.
Enquanto inúmeras pesquisas científicas trabalham na busca por um “remédio ideal” para imunização contra a Covid-19, as pessoas estão sendo testadas quanto aos hábitos, que costumeiramente realizavam antes da pandemia. O psicólogo da Secretaria de Saúde, Cristiano de Souza (CRP 08/09451), explica que muitos dos hábitos praticados pelas pessoas são automatizados, quando há uma repetição desses.
“Algo inegável é que essa pandemia gerou, em todos nós, uma necessidade muito grande de mudanças. A comparação que faço é como se estivéssemos andando, cada um com seu carro a 100 km/h em uma mesma direção, e aí de repente algo inesperado acontece e somos todos obrigados a mudar para o sentido oposto”, explica Cristiano.
“O desafio é saber como lidar com aquilo que já está automatizado na nossa vida, em especial os hábitos”, enfatiza o psicólogo.
O hábito é uma rotina de comportamento que se repete regularmente e tende a ocorrer subconscientemente. Diante desse contexto, o psicólogo Cristiano de Souza destaca o aspecto preventivo para conseguir administrar a vida particular diante do isolamento social.
“A primeira percepção a ser analisada é o quanto estamos informados sobre o novo coronavírus; a importância das medidas de prevenção contra a doença, hoje, através do isolamento social. Percebemos até pelo Call Center da Psicologia (3321-2130) que as pessoas têm muitas dúvidas sobre que atitudes tomarem diante do quadro de pandemia, além da disseminação de notícias falsas”, informou Souza.
No aspecto individual, de acordo com o psicólogo, é importante não esperar a vontade para proporcionar um novo hábito. “Promessas de dietas, planejamentos anuais com datas estipuladas, isso demonstra como algo ineficaz”, detalha.
“Já que há poucos meses, nos queixávamos da falta de tempo para realizar determinadas atividades, hoje, algumas pessoas ficam perdidas com tanto tempo sobrando. Esse é o momento ideal para criarmos novos hábitos”, diz Cristiano.
Outras queixas registradas pelo Call Center da psicologia estão na falta de contato físico com parentes e amigos. “Datas especiais, como o Dia das Mães, por exemplo, mostram desafiadoras para alguns em não celebrar esse momento pessoalmente; no entanto, este é o momento de protegermos as pessoas que amamos para que possamos, logo à frente, estarmos com eles o mais rápido possível”, finalizou Cristiano de Souza.