A síndrome do ovário policístico é um distúrbio hormonal muito comum que pode causar inconvenientes simples, como irregularidade menstrual e acne até disfunções mais graves, como obesidade e infertilidade.
É importante pontuar que ter ovários policísticos não é sinônimo de sofrer com a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e seus sintomas. A síndrome só é diagnosticada se há aumento de hormônios masculinos no corpo da mulher e um período menstrual irregular. Ou seja: a presença de vários cistos no ovário não configura, por si só, a SOP, mas pode ser um dos sintomas. Confira abaixo o que é a SOP e como tratá-la.
O que é a Síndrome do Ovário Policístico (SOP)? - Os ovários são os órgãos responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos e por acolher os óvulos que a mulher traz consigo desde o ventre materno. Dentro deles, as mulheres podem desenvolver cistos, isto é, pequenas bolsas que contêm material líquido ou semissólido. Esses são os ovários policísticos, que normalmente não têm importância fisiológica mas, em torno de 10% dos casos, estão associados a alguns sintomas. A diferença entre cisto no ovário e ovário policístico está no tamanho e no número de cistos.
A síndrome acomete principalmente mulheres entre 30 e 40 anos, e o diagnóstico tornou-se mais preciso com a popularização do exame de ultrassom. Estima-se que, no Brasil, haja dois milhões de mulheres nessa condição.
Como identificar a Síndrome do Ovário Policístico - O diagnóstico é feito pelo ginecologista, a partir da análise dos sintomas apresentados pela paciente e resultado dos exames solicitados. A partir disso é possível iniciar o tratamento adequado, feito com remédios que têm como objetivo aliviar os sintomas e regular os níveis hormonais. O diagnóstico leva três fatores em consideração: aumento da produção de hormônios masculinos, período menstrual irregular e exames de imagem que comprovem o número de cistos no ovário.
A SOP atinge de 5% a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Ela costuma surgir quando a hipófise, glândula que regula a produção hormonal, acaba estimulando a liberação em excesso de andrógenos.
Principais sintomas - Os sintomas da SOP podem variar de acordo com cada mulher e organismo. Porém, de forma geral, os principais sinais são:
• Menstruação irregular ou ausência de menstruação
• Queda de cabelos
• Dificuldade para engravidar
• Aparecimento de pelos no rosto e no corpo
• Aumento da oleosidade da pele
• Surgimento de acne
• Ganho de peso de forma não intencional
• Atraso no desenvolvimento das mamas
É importante ressaltar que, no caso do aparecimento de dois ou mais sintomas, é importante consultar um ginecologista para que seja feita uma avaliação e exames de imagem.
Quem tem SOP pode engravidar? - Sim. Porém, existem complicações. Quando existem muitos cistos no ovário (ovários policísticos) em conjunto com o excesso de hormônios masculinos, pode haver a má formação de óvulos saudáveis e, consequentemente, alterar ou interromper o ciclo menstrual, levando à infertilidade.
Estudos demonstram que mulheres com ovários policísticos normalmente apresentam maior dificuldade para conseguir engravidar. As complicações ocorrem, principalmente, em mulheres que estão acima do peso, sendo importante fazer o pré-natal adequado, exercitar-se e ter uma alimentação saudável para diminuir os riscos de complicações.
Por outro lado, com a ajuda de medicamentos que induzem a ovulação, é possível engravidar sem ajuda médica. Mas, conforme citado anteriormente, é preciso passar por avaliação, pois as condições variam de mulher para mulher.
Tratamento - Como se trata de uma doença crônica, o tratamento da síndrome do ovário policístico atua nos sintomas. No caso da obesidade, a intervenção é voltada para o emagrecimento. Já para a produção de hormônios masculinos, o tratamento pode se dar por meio de pílulas anticoncepcionais específicas, atuando também na regulação da menstruação e no controle do crescimento de pelos.
Os casos de infertilidade respondem bem ao clomifeno, um indutor da ovulação. Se isso não acontecer, pode-se estimular os ovários com gonadotrofinas e tratamentos hormonais. Como há tendência ao ganho de peso, o tratamento pode incluir medicamentos para prevenir o diabetes e outros para evitar o colesterol elevado.
É importante ressaltar que nenhum diagnóstico ou tratamento pode ser feito sem o acompanhamento de um médico ginecologista.
Via: Assessoria Unimed Cascavel - Foto: Divulgação
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