O Grupo de Trabalho GT Itaipu-Saúde, formado por brasileiros e paraguaios, quer dar agilidade ao processo de liberação dos paraguaios barrados na Ponte da Internacional da Amizade. A intenção é sistematizar a testagem rápida de covid-19 pelo Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) e intervir junto ao governo vizinho para reduzir o tempo de espera dos paraguaios provenientes do Brasil.
A medida binacional visa garantir uma resposta mais rápida para um problema que vem se arrastando na fronteira entre os dois países. A iniciativa é apoiada pelo Grupo Estratégico da Covid-19 da Itaipu. Dos 3.062 paraguaios que voltaram do exterior, desde 23 de março, e passaram (e passam) por quarentena obrigatória em albergues, 512 tiveram resultado positivo em testes de covid-19, um percentual de 16,7% do total.
Só pela ponte passaram mais de 400 paraguaios, dos quais mais de 100 identificados com o novo coronavírus. Nas últimas semanas, os casos positivos em albergues foram responsáveis pela maior parte dos confirmados no Paraguai, que nesta terça-feira (12) soma 724 infectados (o número de mortes permanece estável, em 10).
Essa situação de vulnerabilidade aumenta o risco de propagação da doença. Quem chega com o vírus pode passar para os outros no local, já que ficam todos agrupados e sem medidas de proteção sanitária. A ideia do GT Saúde, formado por brasileiros e paraguaios, é sistematizar um processo de testagem rápida com PCR, doado por Itaipu, e conseguir alojamentos de forma mais ágil para esses grupos, por meio do consulado paraguaio. "O que queremos é ajudar num processo de humanização para essas
pessoas que hoje estão ao relento. Não importa a nacionalidade, somos todos irmãos e temos que nos ajudar", diz o coronel Jorge Aureo, assessor especial do general Joaquim Silva e Luna, diretor-geral brasileiro de Itaipu. Aureo também coordena o GT Estratégico da Covid-19 da margem brasileira da Itaipu. A usina investiu mais de R$ 22 milhões em medidas para o enfretamento da doença.
Os médicos da margem paraguaia buscam ajuda dos médicos brasileiros para agilizar a testagem e interceder pela adoção de medidas sanitárias simples, como uso de máscaras e local para lavarem as mãos. A maior parte da assistência aos paraguaios retidos na ponte vem de entidades assistenciais formadas por brasileiros, como a Associação dos Amigos do Johnson Anjos da Madrugada, que já serviu mais de 4.700 sopas e marmitas, além de entregar cobertores em noites frias. Eles levam comida e banho para os grupos.
Hoje, a entidade conta com a ajuda de um auxílio emergencial de Itaipu, mas as despesas aumentaram muito nos últimos tempos. Por isso, a instituição decidiu fazer uma "vaquinha" pela Internet para angariar recursos e poder atender essas pessoas. A vaquinha tem uma pretensão modesta: arrecadar R$ 1.000,00. Até agora, com cinco apoiadores, conseguiu R$ 250,00.
Se você quiser colaborar, entre no site abaixo e faça doação. Pode ser com pagamento de boleto ou por cartão de crédito. (https://www.vakinha.com.br/vaquinha/despesas-projeto-sopao)
Via: Assessoria Itaipu Binacional - Foto: Divulgação
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