Câncer de pâncreas: diagnósticos precoces diminuem a mortalidade de pacientes, destaca médico
Doutor Bruno Kunz Bereza explica que evolução da Medicina tem permitido resultados cada vez melhores no tratamento desse tipo de câncer...

Com alta taxa de mortalidade, principalmente por conta de sua detecção tardia, o câncer de pâncreas aparece em apenas 2% dos diagnósticos da doença. Dentre os casos, os mais afetados são pessoas com mais de 60 anos, ainda mais se forem do sexo masculino. Ao todo, a doença é responsável por 4% do total das mortes causadas pelo câncer.
Apesar de a estimativa de vida dos pacientes diagnosticados com esse tipo de câncer ser pequena – uma em cada 10 sobrevive mais que cinco anos –, se a doença for percebida durante os sintomas, o tratamento ainda é possível. Os sinais que podem indicar algum problema são: dores no abdômen e nas costas, indigestão, perda de peso e cansaço.
“Nós sempre destacamos que quando o corpo demonstra algum sinal diferente, a pessoa precisa dar atenção. Mesmo as mínimas alterações, se persistirem, merecem uma investigação. O câncer de pâncreas, pelas suas características, tem sintomas que podem ser confundidos com uma série de outras doenças ou problemas de saúde. Por isso, a análise especializada de cada caso é tão importante, mesmo diante de sintomas muito pequenos”, explica o doutor Bruno Kunz Bereza, especialista em cirurgia minimamente invasiva com foco na área gastrointestinal.
É importante também ficar atento aos fatores de risco, que aumentam as chances de desenvolver o câncer de pâncreas. Mesmo sendo um tipo raro da doença e ainda mais difícil de ser encontrado antes dos 30 anos, práticas como tabagismo, e comorbidades como a obesidade e pancreatite crônica podem adiantar e acelerar o desenvolvimento da doença.
Diagnóstico - Para verificar se há a presença do câncer de pâncreas, pode ocorrer a solicitação desde exames de sangue, fezes, urina, ultrassonografia abdominal, tomografia ou ressonância nuclear de vias biliares e da região do pâncreas. Mas, o diagnóstico só é feito com a biópsia, usando amostras do tecido do órgão.
Tratamento - Se descoberto precocemente, as chances de cura são bem altas. Para alguns pacientes a cirurgia pode ser uma opção e, nesses casos, a indicação é a retirada completa do tumor. Além disso, existem alguns tratamentos que podem associar, ou não, a radioterapia e a quimioterapia, aliviando os sintomas e diminuindo o tamanho do tumor.
No aspecto cirúrgico, Cascavel tem se tornado referência. No segundo semestre desse ano, uma cirurgia de alta complexidade foi realizada com sucesso, equiparando a cidade a grandes centros de saúde do país, como São Paulo e Rio de Janeiro. Foram aproximadamente 5 horas de procedimento, com equipamentos especiais e técnicas avançadas.
“Estamos capacitados para a realização dessa cirurgia para câncer de pâncreas em Cascavel. Ela inclui pelo menos quatro cirurgias unidas no mesmo procedimento e demanda muita experiência, especialização, além dos equipamentos especiais”, comenta o médico, Bruno Kunz Bereza, que atende no CEONC Hospital do Câncer. “O importante é destacar que a Cirurgia Oncológica avançou muito e isso gera resultados positivos diretos, mesmo em tipos de câncer complexos como é o caso do de pâncreas”, conclui o cirurgião oncológico.
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