Ceapac: crianças passam por cirurgia inédita no Oeste para correção de anomalia craniana
As três crianças que farão a cirurgia nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro, são acompanhadas pelo Centro de Atenção...
Três crianças terão oportunidade de ter uma nova vida depois de realizarem uma cirurgia de alta complexidade no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop). A cirurgia é para a correção de uma anomalia no crânio, chamado cranioestenose, condição rara que causa pressão no cérebro e pode ocasionar déficit motor, crises convulsivas, e sequelas a longo prazo. A cirurgia conta com técnicas inovadoras e será realizada pela primeira vez no Oeste do Paraná. “É uma cirurgia complexa para que possamos corrigir o formato da cabeça e possibilitar o crescimento do cérebro de forma adequada”, explica o neurocirurgião do Huop, Lazáro Lima.
As três crianças que farão a cirurgia nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro, são acompanhadas pelo Centro de Atenção e Pesquisa em Anomalias Crânio Faciais (Ceapac). A cirurgia foi possibilitada em parceria com especialistas de outras instituições: a neurocirurgiã pediátrica, Gisele Coelho, e o cirurgião plástico, Maurício Yoshida. “São cirurgias longas, bastante complexas, e sentimos a necessidade de treinar a equipe multidisciplinar do Huop, pois é uma cirurgia que envolve uma grande equipe. Além disso, são cirurgias que precisam ser realizadas o quanto antes, do terceiro ao nono mês de vida, a fim de evitar sequelas, portanto, a necessidade desse intercâmbio com outros profissionais para realizar o melhor atendimento à estas crianças”, ressalta Lázaro.
TÉCNICA INOVADORA - A cirurgia é estipulada para ser finalizada entre duas a quatro horas. Para que o resultado seja fiel ao esperado, o planejamento com toda a equipe é fundamental. “É uma técnica bem diferente, e em razão da alta complexidade, haverá uma simulação em um molde 3D, que possibilita um planejamento da cirurgia ainda melhor, ganhando tempo de cirurgia, e consequentemente menos tempo dessa criança em transfusão de sangue e em recuperação em uma Unidade de Terapia Intensiva”, explica Lázaro.
CEAPAC - Atualmente, crianças com essa necessidade de cirurgia se deslocam até Curitiba. “É uma condição raríssima, e essa é a importância do Ceapac, pois embora sejam raras, há uma frequência importante, e por isso, a necessidade de fortalecer nossa equipe para que elas possam fazer as consultas, exames e todo o pré-operatório na nossa região, sem necessidade de um deslocamento. Pretendemos enriquecer nosso quadro de experiência dos nossos cirurgiões a fim de atender e melhorar a qualidade de vida dos nossos pacientes”, enfatiza a coordenadora do Ceapac, Mariângela Baltazar.