O que uma rede de supermercados em São José dos Campos, um hotel em Holambra e um estúdio de tatuagem de São Paulo têm em comum? Todos aceitam criptomoedas como forma de pagamento. Hoje é possível, por exemplo, pagar uma mensalidade escolar, uma consulta veterinária, comprar um pão de queijo e até mesmo um apartamento usando criptoativos em várias cidades brasileiras.
Segundo o Coinmap, site que monitora a aceitação das criptos em todo mundo, só no estado de São Paulo mais de 300 estabelecimentos aceitam pagamentos em moedas virtuais. No Brasil, esse número chega a 940. No mundo todo, segundo o levantamento publicado no dia 6 de abril, já são 29.306 estabelecimentos que negociam diretamente em moedas virtuais.
O especialista em criptoeconomia e CEO da Lunes, Lucas Cardeal, diz que hoje os criptoativos ainda são vistos, majoritariamente, como investimento, mas a aceitação no comércio é o primeiro passo para que eles se popularizem no Brasil. Isso ajuda o brasileiro a encarar também como uma forma descentralizada de administrar o dinheiro, sem depender dos bancos tradicionais.
“A constante oscilação das cotações é um dos fatores que ainda impedem a disseminação do uso dos criptoativos”, afirma o especialista, que explica que à medida em que mais estabelecimentos reconhecem os criptoativos como moeda corrente, isso deve fazer com que a cotação se estabilize. Com valor mais estável, daqui a pouco vamos ver etiquetas de preço com valor em criptomoedas.
Falta de conhecimento - Outra barreira para a disseminação do uso, segundo o especialista, é a falta de conhecimento e conscientização do mundo corporativo e dos usuários.
Estudo realizado pela Sherlock Communications na América Latina comprova isso. Mais de 25% dos entrevistados brasileiros afirmaram que esperam investir em moedas digitais nos próximos 12 meses. No entanto, pouco mais da metade disso (13%) de fato compraram os ativos até março deste ano.
A falta de entendimento sobre a tecnologia e de como comprar e negociar com moedas virtuais é a maior razão apontada pelos entrevistados como obstáculos entre a vontade e a prática.
Patrimônio fora do sistema financeiro - No quesito segurança, as moedas digitais têm uma grande vantagem: a descentralização. “Como as criptomoedas não se centralizam em um órgão regulador, as pessoas não correm o risco de ficar sem acesso a elas em algum momento. Recentemente, por causa da greve do Banco Central, surgiu a preocupação de que o Pix pudesse ser interditado parcialmente e isso certamente causa algum receio na população. Com os criptoativos, isso não acontece”, exemplifica.
Bitcoin: moeda oficial em El Salvador - Primeiro país do mundo a oficializar a bitcoin, El Salvador adotou o ativo como moeda oficial do país, além do dólar, em setembro de 2021. Desde então, o governo vem ensinando a população a utilizar as criptos e incentivando o seu uso nos comércios.
Segundo o especialista, o exemplo que vem da América Central aponta para alguns caminhos que podem ser seguidos. “A educação e a conscientização da população são fundamentais para que os criptoativos descentralizados cumpram a sua função de permitir às pessoas terem posse real do seu dinheiro de forma protegida e disruptiva”, afirma Cardeal.
Dinheiro sem fronteiras - Cardeal ressalta o fato de que os sistemas que validam as transações em criptomoedas não estão submetidos às leis de nenhum país. É a maneira mais fácil de movimentar o patrimônio. “Eles não excluem ninguém do sistema e não possuem divisão territorial, permitindo negociação e transação de forma segura com pessoas de qualquer lugar do mundo. É um novo horizonte se abrindo para os comerciantes”.
Regulamentação - No Brasil, ainda não há uma perspectiva para a oficialização de uma cripto como moeda oficial. Como não há uma regulamentação, o varejo não é obrigado a aceitar as criptos como forma de pagamento.
O governo brasileiro trabalha numa proposta de regulamentação para a criptoeconomia, mas esse é um assunto que merece um amplo debate.
Sobre a Lunes - A Lunes é uma empresa brasileira de tecnologia blockchain que surgiu no ano de 2016, focada em ter um conjunto de soluções utilizando o blockchain próprio, com produtos e serviços para pessoas e empresas. Por meio deste sistema são realizados diversos processos de forma descentralizada, como: registros de autenticidade, criação de tokens e execução de contratos inteligentes.
A empresa é responsável pelo desenvolvimento da moeda Lunes, considerada a maior criptomoeda da América Latina. Já há 150.728.537 Lunes em circulação sendo negociados nos 4 cantos do mundo, principalmente na América Latina e em alguns países da África.
Via: Assessoria Amanda Paulo - Foto: Divulgação
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