Os vereadores Professor Santello (PTB), Policial Madril (PSC), Beth Leal (Republicanos) e Professor Liliam (PT), protocolaram na manhã desta segunda-feira (02), Moção de Apelo ao Secretário de Educação Renato Feder, para que reveja a opção de terceirização nas aulas no primeiro ano do curso Técnico em Administração e Técnico em Desenvolvimento de Sistemas, do Colégio Estadual Professor Victório Emanuel Abrozino. Com o documento também pedem que seja revisto a modalidade nas 800 instituições do Paraná que estão na mesma situação.
Na última semana, estudantes da instituição realizaram protesto contra o sistema de EAD (Educação à Distância), implantado nos cursos Técnicos. Os alunos estiverem em frente à escola com cartazes pedindo mudanças nesta forma de ensino. Eles querem que tenham professores nas salas de aula. Isto porque o ensino foi terceirizado para uma faculdade particular pelo Governo do Estado, o que não agradou aos pais e estudantes, pois estão assistindo aulas pela televisão dentro da sala de aula.
Vereadores também tem recebido diariamente denúncias nos gabinetes e acompanhado reuniões de pais nas escolas, demonstrando insatisfação com esses procedimentos adotados pelo Governo do Estado, como é o caso de alunos do Colégio Estadual Professor Victório Emanuel que não concordam com o novo método de ensino e pedem a volta imediata do ensino presencial com as aulas práticas.
Os legisladores acreditam que a implantação do Novo Ensino Médio em toda a Rede Estadual de Ensino no Paraná, em que se optou por terceirizar as aulas nos primeiros anos de cursos técnicos profissionais (Administração, Desenvolvimento de Sistemas e Agronegócio), em todas as escolas estaduais do Estado do Paraná, está trazendo sérios prejuízos ao direito a educação de forma gratuita e universal aos alunos.
Nesta implantação, houve também a imposição de horários em que as escolas devem ofertar cada Componente Curricular do Itinerário Formativo dos cursos técnicos, para que a transmissão ocorra simultaneamente em diversas escolas, possibilitando questionamentos dos alunos através dos monitores. São dezenas de escolas tendo acesso as aulas simultaneamente e os alunos tem relatado que as dúvidas são sorteadas para serem respondidas, ou seja, não conseguem responder a todos. Ainda, segundo os alunos, os conteúdos são densos e este formato, não está possibilitando o aprendizado.
Outra questão que tem gerado problemas para os estudantes, escolas e municípios é a organização com seis aulas diárias. Além de alterar a vida desses alunos, alterou também a dos demais alunos que precisam chegar antes e sair depois. Os horários de chegada e saída dos alunos da rede estadual de ensino não coincidem mais com os horários das escolas da rede municipal.
As escolas estaduais passaram a ter dois horários de saída. Isso acarretou mais custos e transtornos para as famílias, no qual os alunos necessitam de vans, transporte coletivo e principalmente muitos transtornos aos que dependem do transporte escolar intermunicipal. Temos relatos, de escolas no município de Cascavel, que os alunos têm perdido o início das aulas e também o término, compensados por meio de atividades orientadas.
Via: Assessoria de Imprensa/CMC- Foto: Divulgação
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