Em tempos de brinquedos eletrônicos que brilham e voam e de bonecas que riem, choram, falam e até fazem xixi, parece um enorme desafio para a Educação Infantil trabalhar determinados conteúdos de forma lúdica sem apelar para brinquedos mais modernos.
No entanto, no Cmei Darci Ângela Borges, no Bairro Floresta, a professora Bruna Caroline de Paula Pinto e a agente de apoio Roseli Groch de Souza, têm trabalhado importantes temas, como inclusão, com a turminha do Infantil III B, de forma lúdica, recorrendo ao bom e velho boneco de pano.
E como trabalha melhor quem trabalha junto, a atividade não ficou somente dentro dos muros do Cmei, mas foi levada para os lares dos alunos, com aquela ajuda sempre bem vinda da família. As crianças, por vezes acostumadas com brinquedos diferentes e modernos, superaram as expectativas com o quanto gostaram e aprenderam com esta brincadeira educativa.
Com os bonecos Nina Emília e João Visconde (nome escolhido pela turma, que havia recentemente aprendido sobre as obras de Monteiro Lobato), os alunos trabalharam importantes lições sobre inclusão, diversidade e até autonomia. Segundo a professora Bruna, a ideia surgiu ao perceberem a curiosidade dos alunos quando viam, na entrada e saída do Cmei, o familiar de um aluno, que é uma pessoa com deficiência física. “A partir disso a gente sentiu a necessidade de trabalhar o tema de alguma forma. Eu e a professora Roseli pensamos nos bonecos”.
A atividade deu tão certo, que além da inclusão e das diferenças, os bonecos também serviram como ferramenta para trabalhar a autonomia dos pequenos. “Com eles cuidando dos bonecos, a gente consegue fazer com que eles percebam que já estão grandinhos e a partir disso estamos trabalhando também a retirada do objeto de transição”, conclui a professora Bruna.
Além dos conteúdos trabalhados em sala de aula, utilizando os bonecos como recurso, as professoras também propuseram que cada aluno tivesse a oportunidade de levar um dos bonecos para casa e cuidar do amigo de pano. A Daniely Brasil dos Santos, mãe da Isabela, achou a atividade bastante interessante e notou avanços na filha. “A Isabela desenvolveu bastante o lado responsável dela e foi bem criativa no cuidado da boneca. Em todos os lugares que a gente ia, tinha que levar a amiga dela junto”, conta.
A coordenadora da unidade, Gabriela Rodrigues da Costa, destaca a participação da família e a importância da atividade lúdica na Educação Infantil. “A participação das famílias tem sido bem bacana. Os pais têm sido bastante participativos, mandando vídeos e fotos das crianças realizando a atividade. Com o trabalho lúdico com os bonecos a gente percebe que as crianças conseguem se desenvolver bem melhor e de forma bastante positiva”.
Quem também abraçou a iniciativa, assim que soube da proposta, foi a diretora do Cmei Darci Ângela, Karen Brustolin. Para ela, trabalhar a inclusão ainda na primeira infância é muito importante, assim como é importante a participação de todos os adultos que convivem com a criança, sendo que muitas vezes o adulto acaba também aprendendo muito com a criança. “A atividade que as professoras Bruna e Roseli propiciaram em sala de aula, em consonância com os componentes curriculares do nosso Currículo de Cascavel, se efetivou de forma científica e ao mesmo tempo de forma lúdica, em que as crianças puderam ser também instrumentos de transformação dentro de suas residências, para que as famílias também possam aprender o processo de inclusão”.
Via: Portal do Município de Cascavel - Foto: Divulgação
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