Augusto Nunes no Conexão: “Sou um otimista, o Brasil sobrevive a tudo”
O jornalista falou na noite de terça-feira sobre aquilo que parte da grande imprensa não divulga...

Augusto Nunes é um jornalista à moda antiga. Daqueles que zelam pela qualidade em tudo, da apuração transparente, imparcial e precisa à redação final primorosa. Ao citar algumas das aberrações recentes da política e da comunicação, o profissional com mais de 35 anos de carreira e passagens por alguns dos principais veículos da imprensa nacional afirmou: “Sou um otimista, porque o Brasil sobrevive a tudo”.
Convidado para abordar o tema O panorama do Brasil e cenários econômicos, encerrando a 13ª edição do Conexão Acic, Augusto Nunes falou de notícias que parte da grande imprensa não deu movida pelos mais diferentes interesses. “Vivemos uma época vergonhosa para o jornalismo. A busca pela verdade foi deixada de lado em troca de motivações ideológicas insensatas”. Não é por acaso que publicações e emissoras consagradas, observou Nunes, perderam tanto em tiragem e em audiência nos últimos anos.
Ao falar da pujança do País e de cidades como Cascavel, Augusto Nunes disse confiar em um futuro próspero ao Brasil, porque, entre outras coisas, conseguiu vencer o período de Dilma Rousseff como presidente. “Tenho saudades das gafes da Dilma, mas minha grande realização como jornalista seria entrevistar a tradutora de libras dela que, por incrível que pareça, conseguia entender e ainda traduzir as mensagens da presidenta”. Segundo ele, é lenda que notícia ruim vende e afirmou ter feito o teste, e também é mentira que o vencedor escreve a história. “Fosse assim, a verdadeira personalidade dos imperadores romanos não teria jamais sido revelada”.
Papelão - Augusto Nunes não poupou a imprensa de críticas: “Fez um papelão ridículo durante a pandemia. Com todo o respeito que as vítimas merecem, mas defender cegamente o lockdown e culpar o presidente Jair Bolsonaro por tudo foi de uma incoerência enorme. Hoje, vendo a sequência da história, percebem-se sequelas terríveis, principalmente para crianças e adolescentes que perderam dois anos de suas vidas sem aula. Esse já é o período de maior evasão escolar de nossa história, e os prejuízos dessa irresponsabilidade vão ecoar por muito tempo”, lamentou o comunicador.
A imprensa, e de forma progressiva, desinforma e sonega informações importantes às pessoas. “O que acontece com o Brasil em 2022 é um exemplo: na contramão do mundo, o nosso PIB está entre os maiores e a nossa inflação entre as menores do planeta. Gigantes da economia estão em dificuldades e o Brasil conseguiu superar seus problemas com destreza”. Há maiores e melhores marcos legais e as reformas que já saíram, da Previdência e Trabalhista, trazem alento ao empreendedorismo e à economia.
A modernização da máquina pública, lenta mas que já acontece, começa a dar mais mobilidade ao Estado. “Essas são conquistas fundamentais ao futuro do País”, conforme Augusto Nunes. Ao contrário do que alguns afirmam, a redução nos preços dos combustíveis e o aumento do valor do Auxílio Brasil resultaram dos avanços e das medidas corretas adotadas pela equipe econômica, seguiu ele, que contestou a atitude de estrelas do cinema sobre a Amazônia: “O desmatamento ilegal é caso de polícia. Todavia, o trabalho e a extração dentro dos rigores da lei são importantes. O Brasil está entre os países que mais preservam seus recursos naturais”, reforçou ele.
Augusto Nunes falou também da insegurança jurídica provocada por excessos de ministros do STF e apontou a Lava-Jato como a maior operação anticorrupção do mundo. “Quem devolve dinheiro, milhões, se não tem culpa de nada”, questionou ele. Ao revelar que não confia em pesquisas eleitorais, Nunes reafirmou que seu compromisso é com a verdade: “Deus me poupou do sentimento do medo. Democracia é liberdade e liberdade total, sem limites”.
Mais Lidas
Publicidade