O ceratocone é uma doença degenerativa da córnea, bilateral, progressiva e que geralmente afeta mais um olho do que o outro. Tende a iniciar na adolescência e a causa não está totalmente esclarecida, porém o fator genético é importante e não há como preveni-lo. O simples ato de coçar os olhos, traz sérios agravamentos na visão de pacientes com ceratocone, pois acelera a evolução.
À medida que o ceratocone vai deformando a córnea, isso faz com que o paciente perca a acuidade visual e, em alguns casos, quando diagnosticado, pode levar à “cegueira legal”.
Embora não tenha cura, há tratamento para controle da doença. “Quanto mais cedo descobrir menores serão os prejuízos da visão”, explica o médico oftalmologista do Hospital de Olhos de Cascavel, Darci A. Dacome.
Atualmente o crosslinking é o único meio de conter sua evolução. Trata-se de um tratamento cirúrgico para deixar a córnea mais resistente e evitar o transplante. “A melhor acuidade visual é possível com óculos no início, lentes de contato rígida, e implante de anel intraestromal. Para casos mais avançados pode ser necessário transplante de córnea”, pontua o especialista.
O problema é que em muitos casos, o paciente chega para diagnóstico e tratamento quando o quadro já está adiantado. “Os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como sensibilidade à luz, visão embaçada, visão dupla, vermelhidão e geralmente acompanha quadro alérgico. O médico, ao realizar os exames, investiga, faz o diagnóstico e define a melhor linha de tratamento dependendo do estágio da doença”.
Transplante x doação de córneas - O transplante de córneas é o tratamento recomendado para casos avançados de ceratocone. Para que o procedimento seja realizado é necessário entrar na fila da Central de Transplantes, que é administrada pela Secretaria de Estado da Saúde. No Paraná, cerca de 1.500 pacientes estão na espera. Para que a fila ande mais rápido é preciso aumentar o ritmo das captações, o que depende da consciência de cada família no momento do óbito, autorizando a doação em caso de morte de um ente querido.
O Banco de Olhos de Cascavel existe desde 2006 e atua fortemente na orientação, abordagem e captação de córneas em vários municípios da região. A estrutura conta com telefone de plantão, por onde dúvidas também podem ser esclarecidas: (45) 99973-4010.
Em vida, a decisão sobre a doação de órgãos cabe a cada pessoa. “Se a decisão já existe é importante informar familiares e amigos sobre esse desejo. Desta forma, em caso de óbito, a autorização fica mais fácil, embora o momento seja difícil. Precisamos ver a doação de córnea como algo natural e quanto mais se fala, mais tranquilo fica”, orienta a diretora-técnica do Hospital de Olhos de Cascavel, Selma Miyazaki.
Via: Assessoria Hospital de Olhos de Cascavel - Foto: Divulgação
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