A Universidade Estadual do Oeste do Paraná ocupa no país um status de referência. São milhares de profissionais graduados aqui ao longo desses praticamente 30 anos. Esta excelência só é possível porque a Unioeste é formada por pessoas. Gente que estuda, pesquisa, se especializa e trabalha na universidade com o intuito de fazer jus ao reconhecimento de pública, gratuita e de qualidade.
Prova disso é que professores e servidores que fazem parte do quadro de profissionais da Unioeste se destacam no Brasil e fora dele, são vários exemplos que comprovam a relevância da Universidade perante à sociedade. Nós conversamos com dois nomes importantes para a Unioeste que foram convidados e hoje ocupam cargos de confiança na Itaipu Binacional a convite do diretor-geral brasileiro, Ênio Verri. São eles: Paulo Humberto Porto Borges e Wilson João Zonin.
Paulo Humberto Porto Borges, graduado em História pela Universidade Estadual de Campinas, mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas, trabalha como indigenista desde 1990, é professor da Unioeste desde 2003 no colegiado de Pedagogia, em Cascavel e hoje Gestor de Sustentabilidade das Comunidades Indígenas da Itaipu. Wilson João Zonin Engenheiro Agrônomo formado na UFSM, Mestre em Extensão Rural - UFSM, Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento – UFPR , professor da Unioeste há 24 anos no campus Marechal Cândido Rondon e hoje, Superintendente de Gestão Ambiental da IB.
Confira a entrevista com eles:
Na sua concepção, qual a relevância da Universidade Pública perante a sociedade?
Paulo Porto: A Universidade Pública é o instrumento que garante o acesso a ciência sistematizada a classe trabalhadora, ela - como todo a educação escolar pública e gratuita - é a principal trincheira de humanização, além é claro de produção de conhecimento científico. Hoje cerca de 80% da ciência nacional é produzida pelas universidades públicas, ou seja, não existe soberania em nenhum sentido sem nossas universidades.
Wilson Zonin: A Universidade pública é estratégica para construir o desenvolvimento de um território, formando profissionais e cidadãos que fazem a diferença nos serviços públicos e privados, além de produzir e socializar conhecimentos que transformam a sociedade. A Universidade aponta caminhos para a construção de um futuro melhor. A Universidade precisa ser comprometida com o desenvolvimento, o desenvolvimento precisar ser humanizado, ambientalizado e inclusivo, em síntese Sustentável.
Hoje, qual cargo está ocupando e onde. Qual seu principal desafio à frente dessa função?
Paulo Porto: Hoje, a convite do Diretor Geral Ênio Verri estou ocupando o espaço denominado Gestor de Sustentabilidade das Comunidades Indígenas da Itaipu, com uma grande missão: organizar e consolidar uma política indigenista de fato junto a empresa e contribuir na criação do Grupo de Trabalho de Reparação as Comunidades Indígenas Guarani que está sendo celebrado entre o Ministério dos Povos Indígenas, FUNAI, representantes das comunidades indígenas e a Itaipu. O que por si só é uma tarefa imensa e de grande relevância histórica para a empresa, para o oeste do Paraná e para os povos indígenas do Brasil.
Wilson Zonin: Assumi recentemente a Superintendência de Gestão Ambiental da Itaipu Binacional (IB), um setor da administração ligado à Diretoria de Coordenação que está sob o comando do Dr. Carlos Carboni e que tem como Diretor Geral Brasileiro Dr. Ênio Verri. A atual Direção assume com muita clareza e determinação a palavra Compromisso: principalmente ambiental e social. Gostei do projeto, do estilo de trabalho e aceitei um convite desafiador.
A Superintendência tem como missão cuidar a área de reservatório, as áreas de proteção ambiental, as áreas de usos múltiplos e as áreas de interesse de atuação da IB. O Diretor Geral Brasileiro já anunciou o novo território de atuação, será todo o estado do Paraná e 34 municípios da região Sul do Mato Grosso do Sul.
O Desafio é ampliar os projetos executados pela empresa estatal e inovar na construção de novos projetos e parcerias interinstitucionais, para que possamos cuidar ainda mais da água, para fazer avançar os indicadores das metas do Desenvolvimento Sustentável, expressos nos 17 ODS´s da Agenda 2030, e contribuir com a retomada da nossa economia em bases mais justas e sustentáveis.
A Universidade possibilita a qualificação, através da educação, de profissionais que atuam para estado. Contar com estas pessoas preparadas em grandes repartições é mais uma mostra para sociedade do poder da Educação?
Paulo Porto: Sem dúvida. É mais uma prova da força e da qualidade da universidade e da importância do seu caráter público e gratuito! Fazemos pesquisas e trabalhos extensionistas. Pois, a partir destes dois pilares venho atuando desde 2001 nas comunidades Guarani do oeste do Paraná atingidas pela Itaipu. Hoje, temos a oportunidade não apenas de fazer a crítica a discrição do fenômeno, mas de atuar de forma incisiva sobre ele. E isto só foi possível devido a este convite e esta viragem nacional com a vitória do presidente. Não é à toa que hoje temos Sonia Guajajara Ministra dos Povos Indígenas e Joênia Wapixana presidente da FUNAI. Enfim, estamos vivendo tempos históricos, que estejamos à altura destes novos tempos.
Wilson Zonin: Neste ano de 2023 reassumiu no Brasil um governo que acredita na educação, na ciência, num desenvolvimento com inclusão social e com a defesa do Meio Ambiente. Neste contexto o Presidente Lula escolheu para Dirigir a Itaipu um Deputado Federal que também foi Professor da UEM, é Doutor em temas da América Latina, tem visão estratégica e pontuou que a nova gestão irá priorizar os investimentos na área ambiental, social e infraestrutura. O Diretor de Coordenação Carlos Carboni é da nossa região, do sudoeste do PR, veio com a missão de ampliar as ações da IB para todo o nosso estado do PR. As Universidades públicas sempre foram parceiras das políticas públicas, e agora, com a curricularização da Extensão Universitária, poderão contribuir muito mais. Penso que possamos avançar muito nas parcerias entre as IES e a Itaipu, incluindo todas as Universidades e órgãos públicos nesta parceria. Poderei contribuir com a nova Diretoria e com toda a equipe de trabalho da IB para que possamos ter êxito nas próximas jornadas e promover o desenvolvimento sustentável dos nossos territórios, para que todo este nosso trabalho resulte na melhoria da qualidade de vida da nossa população, para que os benefícios do desenvolvimento possam ser compartilhado com todos e todas.
Como você avalia os trabalhos realizados até agora nessa função tão importante?
Paulo Porto: Esta nova gestão está compromissada com as políticas ambientais e de inclusão, por isso estes cem dias avançaram muito em todas as frentes e talvez a questão indígena exemplifique bem isto. Nestes poucos meses já iniciamos o atendimento emergencial em comunidades que até então estavam fora da área de abrangência da Itaipu, estamos finalizando um grandioso projeto de assessoria e programa de auto sustentabilidade em áreas indígenas em todo o Paraná, o que provavelmente se constituirá no maior projeto indigenista do Brasil e de maior alcance e, por fim, iniciamos e estamos finalizando as tratativas em conjunto com o Ministério dos Povos Indígenas do Grupo de Trabalho de Reparação Histórica relativo as comunidades Guarani do oeste do Paraná. Enfim, não vejo como poderíamos avançar mais em tão pouco tempo.
Wilson Zonin: São 75 dias de Superintendente, de muito trabalho, de ouvir a comunidade, de conhecer a realidade interna, de construção de bons projetos para o nosso território, já dá para ter certeza de que muita coisa boa virá adiante. Uma ação importante que posso destacar é a aproximação das 17 Universidades Públicas do novo território de atuação para a construção de parcerias para fortalecer a agenda dos ODSs.
Via: Assessoria Unioeste - Foto: Divulgação
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