Copel é privatizada e operação movimentou R$ 5,2 bilhões, com ágio de 5%
Essa operação de privatização com oferta de ações na bolsa é a primeira desde a Eletrobras, realizada no meio do ano anterior e que movimentou R$ 34 bilhões.
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) passou por um processo de privatização nesta terça-feira (08/08), por meio de uma oferta bem-sucedida de ações na Bolsa de Valores. A operação movimentou R$ 5,2 bilhões, incluindo a venda de um lote adicional de ações.
A oferta da Copel figura entre as maiores já realizadas na B3 nos últimos anos, ficando atrás apenas das ofertas subsequentes de ações (follow-ons) da BRF (R$ 5,3 bilhões), no mês passado, e da Rumo (R$ 6,4 bilhões), em agosto de 2020. A oferta da Copel atraiu interesse de investidores estrangeiros, e a demanda já havia superado os R$ 10 bilhões desde o final da semana anterior.
A gestora norte-americana GQG se comprometeu a adquirir US$ 100 milhões em ações. Outras gestoras que manifestaram interesse incluem a americana Zimmer, que tem investimentos nos setores de petróleo, energia e saneamento. Entre as empresas de seu portfólio estão a Duke Energy, a Cheniere Energy, de Houston, e a Eletrobras.
Além disso, a gestora carioca SPX e a 3G também teriam feito reservas, de acordo com fontes do mercado.
Essa operação de privatização com oferta de ações na bolsa é a primeira desde a Eletrobras, realizada no meio do ano anterior e que movimentou R$ 34 bilhões. A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) também passou por um processo de privatização em um leilão no final do ano passado, sendo adquirida pela Aegea por R$ 4,1 bilhões. Anteriormente, a Corsan havia tentado uma oferta de ações, mas devido às condições de mercado, optou por mudar os planos
Durante o lançamento da oferta, a Copel anunciou a venda inicial de 549 milhões de ações ordinárias (ON, com direito a voto). A distribuição primária de 229,9 milhões de ações visa arrecadar recursos para financiar a renovação da concessão de três hidrelétricas, que vencerão em dezembro. O governo do Paraná também vendeu 319 milhões de ações, reduzindo sua participação na empresa.