23 de abril de 2025

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PUCPR/Toledo recebe primeira etapa do 2º Simpósio Setembro Amarelo

O ciclo, que integra a programação do Setembro Amarelo, campanha em nível mundial que tem o objetivo de informar, debater e promover ações...

PUCPR/Toledo recebe primeira etapa do 2º Simpósio Setembro Amarelo

O Auditório Dom Anuar Battisti, do câmpus Toledo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), recebeu, nesta quarta-feira (6), a primeira das cinco etapas do 2º Simpósio Setembro Amarelo promovido pelo Departamento de Saúde Mental, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O ciclo, que integra a programação do Setembro Amarelo, campanha em nível mundial que tem o objetivo de informar, debater e promover ações de combate ao suicídio, foi iniciado com um evento híbrido, isto é, com espectadores presenciais e remotos, cuja atração principal foi a mesa redonda "Construindo Relações de Cuidado".

Tendo o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que será lembrado no próximo domingo (10), os trabalhos foram coordenados pela diretora do Departamento de Saúde Mental, Leila Machado, e contou com importantes contribuições de cinco especialistas: o psiquiatra Leandro Ricardo de Arruda, que é especialista em saúde pública e gestão de saúde; a psicóloga Sandra Cristina Boufleur, que é professora da PUCPR e possui ampla experiência em psicologia educacional, psicanálise e neuropsicologia; a acadêmica de Psicologia da PUCPR, Mariana Gabriele Ribeiro, que possui vasta experiência em primeiros socorros psicológicos e na pesquisa sobre o fenômeno do suicídio; a psicóloga Simone Salete Longo Zelonh, especialista em saúde pública e referência técnica em saúde mental da 20ª Regional de Saúde; e a mestra em Ciências da Saúde Elis Cornejo, especialista em prevenção e posvenção do suicídio.

O 2º Simpósio Setembro Amarelo conta com o apoio da Clínica Infinity de Psicologia, Neuropsicologia e Psicopedagogia e de quatro instituições de ensino superior (IES): Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Biopark Educação, além da PUCPR. As próximas etapas do evento estão marcadas para os dias 19, 27, 28 e 29 de setembro.

No dia 19 (terça-feira), das 19h30 às 21h, no bloco B3 do câmpus local da Unioeste, a segunda etapa do simpósio contará com o minicurso “Como ajudar adequadamente quem está em sofrimento emocional e ideação suicida?”. Destinada a pais, professores, empresários, líderes, gestores de pessoas e público em geral interessado pelo tema, a atividade é promovida pelo Projeto Garra Unioeste e se dará no contexto da 3ª edição da campanha Pró-Vida com Garra, que tem como tema “Sim pela vida,apesar de tudo”.

A Unioeste/Toledo também será, no dia 27 (quarta-feira), palco da terceira fase do ciclo de atividades do simpósio. A partir das 19h30, a instituição receberá a roda de conversa “Conexões que Salvam: Qual a influência da tecnologia em nossas relações e saúde mental?”, que terá como convidado o doutor em História pela UFPR, Luiz Adriano Borges, e como mediadoras as psicólogas Keila Boaro e Marisa Souza. O evento é focado na comunidade acadêmica da instituição, mas aberto à comunidade em geral.

A quarta ação do simpósio será em parceria com a PUCPR no próximo dia 28 (quinta-feira), às 8h. Por meio da plataforma Microsoft Teams, a professora da instituição, Patrícia Guillon Ribeiro ministrará o minicurso de primeiros socorros. Patrícia é graduada em Psicologia e mestre em Psicologia da Infância e Adolescência. O evento é aberto ao público em geral, porém as vagas são limitadas.

O encerramento, no dia 29 (sexta-feira), será organizado pelo Biopark Educação e terá lugar a partir das 15h no auditório da UFPR. Na ocasião, será ministrado com especialistas de diversas áreas: a terapeuta com formação em massoterapia, reiki e terapias energéticas auriculoterapia e aromaterapia, Juliana Nazzari; a fisioterapeuta Alana Tavares, as nutricionistas Ana Mendes e Fernanda Loquete (que também é tecnóloga em alimentos), e a personal trainee Graziele Braz.

Solenidade de abertura - Antes da mesa redonda, foi realizada solenidade de abertura da qual lideranças políticas, comunitárias e acadêmicas fizeram parte da mesa de honra. Entre elas, o vice-prefeito de Toledo, Ademar Dorfschmidt, que representou o prefeito Beto Lunitti no ato; os vereador Dudu Barbosa (presidente da Câmara) e Roberto de Souza; a titular interina da SMS, Raquel Wammes; o diretor-geral do câmpus Toledo da PUCPR, Ricardo Cesar Lopes; e o presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Diandro Márcio Bombana.

Em suas falas, Diando e Ricardo enfatizaram a necessidade de se falar sobre a prevenção ao suicídio. “É um assunto delicado, porém relevante. É muito importante que todos estejam atentos aos sinais que as pessoas com ideação suicida apresentam. Ao detectar essa situação, temos que conversar com elas e convencê-las de que a morte não é a única solução para os sofrimentos que enfrentam. Hoje existem tratamentos que ajudam a amenizar esses problemas”, pontua o presidente do CMS. “Na condição de gestor de câmpus universitário, é meu dever colocar uma lupa sobre a saúde mental de estudantes, colaboradores e professores. Temos o programa ‘PUC Acolhe”, que oferece atendimento psicológico à comunidade acadêmica, pois entendemos que as ações relacionadas ao assunto devem acontecer o ano todo, estando sempre prontos a estender a mão a quem precisa”, comenta o diretor-geral da PUCPR/Toledo.

Os vereadores falaram das políticas públicas em saúde implementadas em Toledo. “Toledo é, cada vez mais, referência estadual e nacional em saúde pública e isso é fruto de ações de uma gestão comprometida com o bem-estar das pessoas. Isso inclui, sim, os cuidados com a saúde mental, mas passa também por promover um ambiente em que ”, comenta Dudu. “Cumprimento os profissionais da saúde mental que, em seu dia a dia, aliam conhecimento com acolhimento, escutando os que mais precisam ser ouvidos. A importância dada pelo meu mandato ao assunto é tanta, que, há 150 dias, quando assumir o cargo de vereador, minha primeira agenda foi uma reunião com as equipes dos Caps [Centros de Atendimento Psicossocial] e do Ambulatório de Saúde Mental]. Recentemente estive em Brasília, no Ministério da Saúde, para solicitar investimentos nesta área à Secretaria de Saúde Mental”, relata.

Raquel e Leila agradeceram a presença do público que acompanhou ao evento de forma presencial e remota. “Fico feliz em ver tantas pessoas debatendo sobre um assunto cuja demanda cresce em velocidade muito maior que a disponibilidade dos recursos. Este simpósio é fundamental para avaliarmos quais são as prioridades a fim de que as ações sejam as mais assertivas possíveis e isso certamente passa pelo fortalecimento de parcerias com entidades, empresas e órgãos públicos”, comenta a secretária interina de Saúde. “Devemos propor uma série de ações que visam despertar e fomentar discussões relacionadas ao autocuidado, a coexistência e o acolhimento da nossa comunidade. Nosso objetivo não é trazer respostas prontas, mas compartilhar experiências, e criar momentos para se pensar junto. Coletivamente, podemos fazer a diferença. É a partir das relações de cuidado que poderemos inspirar e impactar positivamente a nossa comunidade”, analisa a diretora do Departamento de Saúde Mental da SMS. 

No seu pronunciamento, o vice-prefeito recordou que, em 2019, quando ainda era vereador, apresentou o projeto de lei que criava o Programa Municipal de Prevenção ao Suicídio. “Entendo que esta iniciativa foi muito importante para que, em nível local, começássemos a quebrar o tabu em torno do assunto. Não é sempre que as pessoas que pensam em tirar a própria vida vão procurar um especialista. Muitas vezes, elas pedem ajuda para um amigo, um familiar e até para uma liderança política. Por isso, todos nós precisamos estar preparados para saber o que falar e o que fazer quando nos depararmos com alguém que precise deste tipo de auxílio. Temos, enquanto governo municipal, feito a nossa parte, mas só conseguiremos obter nas ações de prevenção ao suicídio se todos estiverem dispostos a enfrentar esse dasafio”, comenta. “Em média, são registrados 38 suicídios no Brasil por dia, ou seja, um a cada 40 minutos. Há quatro anos, a proporção de pessoas que tiravam a própria vida era de 4 a 5 para cada 100 mil pessoas; atualmente, subiu para 6,5. É uma questão que se agrava e não podemos ficar indiferentes a ela”, alerta.

Por: SOT/Via: Assessoria Município de Toledo - Foto: Divulgação - Foto:

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