Cotidiano

Estudantes aprendem sobre a cultura gaúcha durante a Semana Farroupilha em Toledo

O objetivo é vivenciar atividades da cultura gaúcha em homenagem à memória dos heró...

23 set 23 - 00h09 Redação SOT
Estudantes aprendem sobre a cultura gaúcha durante a Semana Farroupilha em Toledo

Aproximadamente dois mil estudantes da Rede Municipal de Ensino visitaram o Centro de Eventos Ismael Sperafico desde segunda-feira (18) durante a Semana Farroupilha, evento realizado pela Secretaria da Cultura, com apoio das entidades tradicionalistas de Toledo. O objetivo é vivenciar atividades da cultura gaúcha em homenagem à memória dos heróis farroupilhas.

Segundo a coordenadora de Arte da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Daline Bortolotto Ferrari, este ano, todas as turmas de quarto ano das 36 escolas municipais tiveram a oportunidade de conhecer os costumes gaúchos. Para isso, foi necessário criar uma logística diária de transporte e organização das agendas para que todos pudessem participar. 

“Trata-se de um evento que amplia as possibilidades de garantir o cumprimento dos objetivos específicos da área de Arte previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no que toca ao contato com reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e culturais das artes visuais, música e dança nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais, além de contemplar a formação cidadã e artística prevista nos dez objetivos gerais desse mesmo documento”, justifica a coordenadora.

A professora Francieli Staadtlober estava acompanhando os alunos da Escola Municipal Vereador Pedro Brum (Caic) na visita e destacou a importância dessa experiência cultural. “Como pesquiso muito sobre a história no sul do Brasil, acho muito importante essa atividade, pois resgata a história da nossa região e a cultura gaúcha. Muitos de nossos alunos são descendentes de gaúchos, mas já perderam os traços da tradição. Os pais vieram de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e não tem mais vínculos com esses costumes. A maioria dos meus alunos nem sabiam da Semana Farroupilha”, exemplifica. 

Ao chegarem no Centro de Eventos, os alunos são recebidos com uma contação de história realizada por meio do projeto Biblio Sesc (um caminhão adaptado vira uma biblioteca móvel, são três percorrendo o Estado do Paraná para reforçar o trabalho dos professores com a leitura). A anfitriã inicia cada atividade com a poesia “Orgulho Gaúcho” da poetisa e escritora Inoema Nunes Jahnke, que em palavras faz uma homenagem ao Rio Grande do Sul.

Em seguida, os grupos são divididos e participam das oficinas oferecidas pelos centros de tradições gaúchas (CTGs). O CTG Chama Crioula ofereceu a Oficina Cultural, o CTG Província Gaúcha a Oficina Nó de Lenço, o CTG Estância da Liberdade a Oficina de Chimarrão e o CTG Marca de Casco a Oficina Lida Campeira. As oficinas acontecem de forma simultânea com duração entre 10 e 15 minutos cada.

A 2ª Prenda Juvenil da 10ª RT-MTG Paraná, Samilly Lorenzetti (17) integra o CTG Estância da Liberdade e disse que a presença das crianças na Semana Farroupilha é um fator positivo para os CTGs, pois reforça o tradicionalismo gaúcho. “Mostrar para esses pequenos a importância cultural faz despertarem o interesse de levar esse legado pra frente. Aqui nós contamos a história do chimarrão e ensinamos eles a montar um mate. É muito bom ver eles aprenderem sobre isso. Muitos olham suas famílias tomando, mas não fazem ideia de onde veio. Fazemos algumas dinâmicas e eles demonstram bastante interesse, a maioria nunca teve contato com um CTG”, relata a prenda. 

É o caso do estudante do 4ºA da Escola Walter Fontana, Douglas Faquinette (10). Ele contou que a mãe, os avós, a tia e vários outros parentes tomam chimarrão em casa, inclusive ele. “Já fazia chimarrão em casa, mas aprendi um jeito diferente, mais legal e mais fácil de preparar aqui na oficina. Achei muito legal”, elogiou o jovem. 

A cada oficina realizada a criançada ficava mais encantada com os conhecimentos adquiridos de forma rápida e simples. A aluna do 4º A da Escola Waldyr Luiz Becker, Jennifer Camilly (10) estava eufórica após a Oficina de Lenços, onde ficou sabendo que antigamente nos bailes gaúchos existia até diferença do tipo de nó para identificar se a pessoa estava namorando ou se estava solteira. “Eu não sabia que tinha essas diferenças, só sabia que meu avô usava lenços com esses nós a primeira vez que vi uma foto dele”, contou emocionada ao lembrar fraternalmente do avô já falecido. “Gostei muito de vir aqui, é bem interessante voltar no tempo e reconhecer essa cultura, entender porque minha família passou por isso”, completou a estudante. 

Via: Assessoria Município de Toledo - Foto: Divulgação


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