Programa de Mobilidade Urbana Sustentável é inaugurado em Cascavel
Foram apresentados os dois primeiros veículos elétricos adquiridos pelo Município e também os dois primeiros eletropostos (estações de recarga) para estes veículos...

O prefeito Leonaldo Paranhos e o presidente da Fundetec, Alcione Gomes, lançaram nesta quinta-feira (19), o Programa de Mobilidade Urbana Sustentável que compreende uma série de ações do Governo Municipal para incentivar o uso de veículos elétricos e diminuir o consumo de combustíveis fósseis que são responsáveis por 72,6% das emissões de gases estufa (GEE), vilões do aquecimento global.
Foram apresentados os dois primeiros veículos elétricos adquiridos pelo Município e também os dois primeiros eletropostos (estações de recarga) para estes veículos. “Este é o início de um programa que achamos que pode ser uma transformação. Temos uma frota de mais 800 veículos, gastamos quase R$ 6 milhões/ano em combustíveis, fizemos um estudo dos dez carros que mais gastam combustível em torno de R$ 330 mil por ano. E os elétricos são mais econômicos. Estes veículos (elétricos) serão destinados a pequenos serviços, para a guarda para trabalhar nos parques”, explicou o prefeito Paranhos que falou também que está sendo enviado à Câmara um projeto de incentivo para a população. “Temos o IPVA que hoje é isento no Paraná, vamos bancar a energia elétrica com cinco pontos instalados na cidade e também estamos trabalhando a possibilidade de um incentivo no Estar (Estacionamento Regulamentado), é um incentivo para o primeiro ano sem nenhum custo”, completou.
No mesmo ato, o prefeito Paranhos, o presidente da Fundetec e o presidente da Câmara de Vereadores, Alécio Espínola, assinaram o projeto de lei que será encaminhado ao Legislativo que estabelece a instalação de postos para recarga de veículos em locais públicos, inclusive em parceria com a iniciativa privada e outros órgãos públicos. “Este é um programa extremamente inovador que é a implantação de um programa de Mobilidade Urbana Sustentável com veículos elétricos, estações de recargas de veículos elétricos, com um projeto de lei moderno que traz incentivos e benefícios para que as pessoas possam deixar o modelo convencional de veículos fóssil e passar para um modelo mais novo, moderno, menos poluente, preservando o meio ambiente e promovendo um desenvolvimento sustentável”, disse o presidente da Fundetec.
O vereador Alécio Espínola destacou a importância do momento para o desenvolvimento do Município. “Desde 2017, temos convivido com ações importantes para o crescimento de Cascavel e este é sem dúvida mais um importante momento para o desenvolvimento que tem chamado atenção, não apenas da população, mas também das pessoas que vem de fora e veem uma cidade em franco desenvolvimento ”, destacou.
Parceira no projeto, a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste) esteve representada pelo pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Unioeste, Reginaldo Ferreira dos Santos, destacou o “trabalho, dedicação e empenho dos alunos de mestrado e doutorado do curso de engenharia de energia na parceria com o Município”.
O Projeto de Lei - A proposta que será enviada para Câmara de Vereadores prevê a gratuidade na utilização dos equipamentos públicos de recarga (eletropostos) de veículos elétricos por 24 meses e, posteriormente, tarifado conforme decreto regulamentar, isenção do pagamento das taxas de estar durante o processo de recarga (até 2 horas) de acordo com a área já disponível para estacionamento.
O projeto prevê ainda a criação de vagas exclusivas para recarga de veículos elétricos, com pintura horizontal (piso) e sinalização vertical específica, a serem instaladas pela Transitar, em até 30 dias após o secionamento e publicação desta lei, o desenvolvimento de políticas de subsídios para transporte público de qualidade com emissão zero de gás carbônico e ainda a definição de áreas específica pela Prefeitura para estacionamento de veículos elétricos alugados por meio de aplicativos (car sharing).
O Município de Cascavel também incentivará o uso de soluções tecnológicas inteligentes, a fim de promover benefícios ambientais, sociais e econômicos em favor da melhoria da qualidade de vida do cidadão e da cidade.
Quem desenvolveu? - Este programa é desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Cascavel em parceria com a Fundetec (Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Cascavel) e faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pelo prefeito Paranhos para transformar Cascavel em uma cidade cada vez mais humana e ‘inteligente’. O programa tem como ótica o incentivo à mobilidade urbana sustentável, que incentiva a utilização de veículos automotores movidos à base de energia elétrica ou a hidrogênio.
Paraná - Atualmente, o Paraná tem 275 veículos elétricos, o que representa 0,003% de uma frota de 7.237.593 carros, motocicletas, ônibus e caminhões e ainda é dependente dos veículos movidos a combustíveis fósseis. Os dados do Detran (Departamento de Trânsito do Paraná) mostram que a maioria esmagadora dos veículos elétricos do estado se concentra em Foz do Iguaçu (80) e Curitiba (73). Eles estão presentes em apenas 31 cidades, o que representa 7,7% das 399 do estado.
A maior eletrovia do Brasil, instalada no Paraná pela Copel em 2018, completou 330 recargas neste ano. São 730 quilômetros de extensão, ligando o Porto de Paranaguá às Cataratas do Iguaçu, em Foz. Foram consumidos 2.914 kwh, uma média de 8 kwh por recarga, a um custo aproximado de r$ 6,75 cada.
Emissão zero de poluentes - Os veículos elétricos fazem parte do grupo dos veículos denominados zero emissões, que por terem um meio de locomoção não poluente não emitem quaisquer gases nocivos para o ambiente, nem emitem ruído considerável, uma vez que motores elétricos são silenciosos. Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), o uso cada vez maior de veículos elétricos e movidos a energias renováveis com certeza tem justificativas nobres, baseadas na nova economia mundial, mais sustentável, consciente e compartilhada. Porém, devido a fatores tecnológicos, baixo volume de escala e dependência de um ecossistema de infraestrutura ainda não completamente disponível, o mercado dos veículos sustentáveis ainda não estimula a participação do consumidor comum.
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