A tarde desta sexta-feira, 6 de outubro de 2023, entrará para os livros da belíssima História do nosso município. Em solenidade prestigiada por diversas autoridades e lideranças de nível municipal e estadual foi realizada a inauguração do Hospital Regional de Toledo (HRT), uma obra cuja conclusão era aguardada há mais de 10 anos pela população.
Tendo como testemunha o grande público que compareceu ao evento, o descerramento da placa e o corte da fita inaugural materializaram o esforço de centenas de pessoas que não se deixaram abalar pelo ceticismo daqueles que não acreditavam que este sonho se tornaria realidade. Contudo, movidas pela esperança de atender um clamor da população, elas foram superando os obstáculos que foram aparecendo e hoje celebram o cumprimento de uma missão árdua.
A felicidade por esta conquista tão importante para Toledo e região se fez presente do início ao fim da solenidade. O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior; o prefeito de Toledo e presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop); a primeira-dama de Toledo e presidente da Associação Das Primeiras Damas do Oeste do Paraná, Noeli Amorim; os secretários de Estado da Saúde (Beto Preto) e do Planejamento (Guto Silva); os deputados federais Dilceu Sperafico e Elton Welter; o deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Marcel Micheletto; o vice-prefeito de Toledo, Ademar Dorfschmidt, e sua esposa, Suzamar Dorfschmidt); o presidente da Câmara dos Vereadores, Dudu Barbosa (que subiu ao palco acompanhado de vários de seus colegas de Casa); a secretária municipal de Saúde, Gabriela Almeida Kucharski; o diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (Ideas), Sandro Demétrio; o prefeito de Marechal Cândido Rondon e vice-presidente da Amop, Marcio Rauber; o presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) e prefeito de Assis Chateaubriand, Valter Aparecido Souza Correia (Valtinho); o presidente Consórcio de Saúde dos Municípios do Oeste (Consamu) e prefeito de Palotina, Luiz Ernesto de Giacometti; o chefe da 20ª Regional de Saúde, Fernando Pedrotti; o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos; o promotor da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Toledo, José Roberto Moreira; e a juíza diretora do Fórum da Comarca de Toledo, Luciana Lopes do Amaral Beal; e o bispo da Diocese de Toledo, Dom João Carlos Seneme foram algumas das dezenas de autoridades que compuseram a frente de honra – o religioso, aliás, ficou responsável por ministrar uma bênção sobre o HRT e a vida das pessoas que trabalham ou que virão a ser atendidas no local.
Alegria em discursos - A alegria por esta conquista foi expressa de diversas formas e uma delas foi a música. Além dos protocolares hinos nacional e estadual, os talentos de nossa terra se apresentaram: na abertura dos trabalhos, os professores da Casa da Cultura de Toledo, Viviane Ribeiro (violino) e Gianni Ambrosini (viola) fizeram um show instrumental com grandes clássicos nacionais e internacionais no repertório; em seguida, foi a vez de o Coral Cristo Rei emocionar a plateia – os surdos presentes ao evento também puderam compartilhar deste sentimento, pois duas intérpretes fizeram para eles a tradução de cada momento para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Os primeiros a falarem foram o diretor-executivo do Ideas e a secretária de Saúde de Toledo. “Eu reitero que nós estamos aqui com olhos de primeira vez e só temos a agradecer pela nossa acolhida em Toledo. Hoje temos mais de 7.000 colaboradores em 30 projetos que, somados, gerenciam R$ 130 milhões por mês. Estamos trazendo para cá esta experiência e o desejo de tornar mais eficientes os serviços oferecidos pelo SUS [Sistema Único de Saúde]”, observa Sandro. “Este dia foi aguardado por muita gente a importância desta obra é vista até pelos olhos de uma criança. Meu filho, ontem, quando estava levando ele de volta de escola para casa, falou que eu estava muito no celular nestes últimos dias. Expliquei que era porque iríamos inaugurar o Hospital Regional de Toledo hoje. Ele respondeu ‘a partir de agora, Toledo vai ter mais um hospital para poder salvar vidas”. Numa frase tão simples, ele resumiu o que esta obra representa, pois, a partir de agora, não teremos mais, por exemplo, pessoas que ficam quase uma semana na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] precisando de uma cirurgia ortopédica após um acidente ou mulheres com hemorragias uterinas aguardando uma histerectomia. Fazer saúde é mudar a vida das pessoas! Não teríamos chegado até aqui sem a confiança do prefeito Beto Lunitti e do vice Ademar Dorfschmidt, que me deram a liberdade de escolher quadros técnicos para a pasta, sem o qual, certamente, nada disso do que estamos vivendo seria possível. Deixo meu agradecimento a eles e a todos os servidores da Saúde e também de outras secretarias e departamentos que não mediram esforços para que esta obra fosse concluída”, salienta Gabriela.
Os presidentes da Câmara de Vereadores e do Ciscopar, e o vice-presidente da Amop enalteceram a importância do HRT para a saúde pública em nível regional. “Em Toledo o chefe do Executivo é um gestor, que toma as decisões ouvindo o Legislativo e os bons técnicos que selecionou para compor o seu governo. Esta obra se junta a tantos outros projetos que passaram pela nossa Casa de Leis e foram aprovados pois há uma relação institucional muito boa, pautada pelo respeito e pela transparência entre os poderes”, avalia Dudu. “Historicamente o Oeste do Paraná sempre teve um deficit de leitos hospitalares e toda esta demanda represada está sendo gradativamente superada graças às ações do governador Ratinho Junior e do secretário Beto Preto. Por isso, faço um apelo aos meus colegas prefeitos para que ajudem no custeio do Hospital Regional de Toledo, para que ele também seja uma referência para todo o Paraná”, conclama Valtinho. “Um bom hospital não só salva vidas, ele precisa ter vida e isso só vai acontecer se os prefeitos da região, dentro de suas possibilidades, pactuarem algumas AIHs [autorizações de internamento hospitalar] com o Ideas, órgão gestor deste importante equipamento público para o Oeste do Paraná”, comenta Márcio.
Os deputados federais que representam Toledo em Brasília também fizeram pronunciamentos contundentes. “Em 2021, quando Beto e Ademar assumiram a Prefeitura de Toledo e eu ainda era vereador, notava que a abertura do Regional era uma obsessão. Hoje vejo que este esforço valeu a pena e, no que for possível, contem comigo no que for preciso no diálogo com os órgãos do governo federal”, pontua Welter. “É um momento especial para o Oeste do Paraná e muito significativo. Contudo, queria que estivesse ao meu lado nosso ex-prefeito e deputado José Carlos Schiavinato. Foi na gestão dele que os primeiros repasses para a obra sair do papel aconteceram e isso só foi possível após muitas conversas que ele teve em Brasília no Ministério da Saúde e das quais também participei. A partir deste trabalho exemplar dele, peço um esforço da sociedade regional em favor das entidades filantrópicas que realizam serviços pelo SUS, pois elas realizam um trabalho de qualidade em serviços que custariam mais caro se o Estado assumisse a gestão”, compara Sperafico. “Eu queria estar aí, mas, infelizmente, devido a uma questão de agenda, não consegui. Porém, não poderia deixar de mandar minha mensagem de agradecimento a todos aqueles que ajudaram na construção deste equipamento que está sendo inaugurado na data de hoje. Fico honrado de ter contribuído, juntamente com outros deputados, com o envio de emendas parlamentares que culminaram nesse hospital que vai ajudar e muito a salvar vidas no Oeste do Paraná”, recorda Sérgio Souza em vídeo gravado horas antes e que foi exibido durante a solenidade de inauguração.
Os discursos do vice-prefeito de Toledo e do vice-presidente da Alep fizeram referências a decisões tomadas no passado. “Eu estava no meu primeiro mandato de vereador quando vim para a solenidade de lançamento da pedra fundamental deste hospital. Entre erros e acertos, fatos agradáveis e desagradáveis, esta obra foi se prolongando. Porém, agora que ela está pronta, só consigo lembrar das coisas boas. Este evento hoje é fruto de um trabalho incansável, feito por gente imparável diante das dificuldades. Foi uma união de forças que deu certo e hoje estou de alma lavada, pois sei que este hospital vem para amenizar a dor daqueles que sofrem. Isso porque conseguimos tirar este prédio da condição de ‘elefante branco’, que beirava à ruína, para um prédio funcional, realizando os serviços para os quais foi concebido”, destaca Ademar. “Em abril de 2018, quando renunciei ao cargo de prefeito de Assis Chateaubriand para disputar o cargo de deputado estadual, fiz isso em nome de um propósito maior, a convite de uma liderança jovem que se destacava cada vez mais no cenário paranaense e que seria eleita e reeleita governador do nosso estado. Na época foi criticada por ter tomado esta decisão, mas, vendo esta obra sendo inaugurada, tenho certeza que fiz o certo. Hospital é o mais sagrado dos estabelecimentos que podem ser construído pelo poder público, pois ali se salvam vidas e, no caso do HRT, devemos zelar para que ele possa cumprir muito bem com esta missão”, comenta Marcel.
Em seu pronunciamento, o secretário de Estado da Saúde disse uma frase que deveria ser esculpida em pedra. “Esta porta do Hospital Regional de Toledo que vamos abrir hoje será aberta para nunca mais fechar!”, frisa. “Em saúde, não se costuma falar em ‘missão cumprida’, pois sempre quando acaba uma tarefa, sempre aparece outra para ser executada. De saída, o HRT terá 300 autorizações de internação hospitalar extras bancadas pelo Governo do Paraná para começarmos a reduzir a fila por cirurgias eletivas na área de abrangência da 20ª Regional”, anuncia.
Em sua fala, o prefeito de Toledo não escondeu a alegria que estava sentindo. “Já disse outras vezes e repito: hoje sou o prefeito mais feliz do Brasil. Com a maturidade aprendi que felicidade é apreciar os bons momentos ao mesmo tempo em que se convive com as dificuldades. Precisamos aprender com os erros do passado e não voltar a cometê-los no futuro, que deve estar reservado para novos desafios e não para o rancor por uma história que ninguém é capaz de mudar”, analisa. “A conclusão desta obra representa uma Toledo que quer viver em harmonia entre os discordantes, que sabe se unir em nome do desenvolvimento socioeconômico e que quer, além de alimentos, ser um grande produtor de tecnologia e conhecimento”, sublinha.
Por fim, o governador Ratinho Junior parabenizou os chefes de Executivos municipais pelo Dia do Prefeito, celebrado nesta sexta-feira (6) e fez um importante anúncio, o qual recebeu aplausos efusivos. “Quando assumi o Governo do Paraná, tínhamos uma saúde acima da média se comparada com outros estados, mas notei um defeito grave: a estrutura estava concentrada nas grandes cidades e, ao lado do secretário Beto Preto, iniciamos um processo de descentralização e hoje temos 800 obras de todos os portes em andamento em todas as regiões. Durante a pandemia, aumentamos o número de leitos de UTI de 1.200 para 3.100 e mantemos depois que o pior momento da Covid-19 passou”, detalha. “Para que essas portas se abram e nunca mais se fechem, é preciso recursos para mantê-las funcionando. Por isso, estou garantindo o repasse mensal de R$ 1,5 milhão para o Hospital Regional de Toledo na forma de convênio permanente que será firmado em breve”, assegura.
Estrutura - Após os discursos, houve o descerramento da placa inaugural e o corte da fita inaugural. Gradativamente, os presentes foram convidados a conhecer as dependências do hospital – na primeira fila estavam autoridades e profissionais da imprensa, que aproveitaram a ocasião para fazer uma rápida coletiva com governador, prefeito e secretários municipal e estadual de Saúde.
Lá dentro, os convidados se depararam com amplas instalações, compostas por setor administrativo completo, pronto-atendimento referenciado, ambulatório de especialidades, centro diagnóstico de imagem, farmácia, laboratório de análises clínicas, cozinha, rouparia, 8 centros cirúrgicos, 10 consultórios, 10 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e 79 leitos de enfermaria (59 para internamento, 9 de recuperação pós-anestésica [Repae], 6 de pronto-socorro, 3 de recuperação pós-exame e 2 de estabilização. Toda esta estrutura, que priorizará procedimentos cirúrgicos eletivos, sobretudo nas áreas de ortopedia, ginecologia urologia, cirurgia geral e cirurgia vascular (média de 600 internamentos por mês) possui 9.154,24 metros quadrados construídos numa área total de 23.418,88 metros quadrados, localizada no Jardim Coopagro.
Durante o fim de semana, o HRT passará por desinfecção. A partir de segunda-feira (9), as portas do estabelecimento se abrem efetivamente para o público de Toledo e mais 17 municípios da área de abrangência da 20ª Regional de Saúde, nos quais residem mais de 400 mil habitantes.
Cronologia e gestão - Projetado no começo deste século, quando a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) tinha planos de trazer o curso de Medicina para Toledo, doando uma área anexa ao câmpus ao governo municipal para a construção de um hospital, o HRT começou a sair do papel em abril de 2012, mas problemas com prestadores e questionamentos realizados na seara judicial atrasaram o seguimento do projeto. Depois de muitas idas e vindas, no fim de março de 2021, o vice-prefeito Ademar Dorfschmidt, que havia assumido a chefia interina do Executivo Municipal porque o titular estava em tratamento contra a Covid-19, criou um grupo de trabalho com o objetivo de destravar esta obra.
Faziam parte desta força-tarefa representantes da empresa que estava executando os trabalhos na edificação, vereadores, membros do Conselho Municipal da Saúde (CMS) e representantes da sociedade civil, como da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Observatório Social. Os membros deste colegiado também discutiram acerca do retorno dos equipamentos já adquiridos que estavam cedidos a outras estruturas enquanto o HRT não ficava pronta e o modelo de gestão a ser adotado.
Graças a este esforço conjunto foi possível promover uma concorrência pública entre entidades interessadas em fazer a gestão do hospital. A vencedora do certame foi o Ideas, com quem o governo municipal firmou contrato na modalidade “concessão onerosa”, na segunda quinzena de maio, com duração de 10 anos (prorrogável por igual período quantas vezes for conveniente para as partes envolvidas).
Desde que foi iniciada, quase R$ 40,2 milhões (valores não corrigidos) foram investidos na obra e na aquisição de equipamentos e mobiliário (média de R$ 4.400,00 por metro quadrado), sendo que o total de repasses feitos pelos governos federal (via portaria ou convênio com o Ministério da Saúde), estadual (via convênio com Secretaria de Estado da Saúde) e municipal (recursos próprios) tiveram a mesma proporção. Sob gerência do Ideas, a equipe contratada para trabalhar neste espaço poderá chegar, no auge das operações, a 800 colaboradores pessoas físicas e jurídicas.
Concessão onerosa - A concessão onerosa é uma prática comum na administração pública, sobretudo para administração de rodovias e aeroportos, e, no caso da saúde, podem recebê-la pessoas jurídicas que possuam Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) concedido a organizações sem fins lucrativos que prestam serviços nas áreas de assistência social, educação ou saúde. Sem paralelo, o modelo adotado para o Hospital Regional de Toledo é inovador e pode inspirar entes federativos, que buscam alternativas viáveis para a gestão de hospitais, a também o seguirem.
Para o HRT adotou-se um modelo que busca o aprimoramento e a eficiência na prestação dos serviços públicos em saúde, com a concessão de uso e exploração do bem público, mediante concorrência pública, do imóvel de sua propriedade, com as respectivas instalações, equipamentos, instrumentos e mobiliário, com o objetivo de: prestação universal dos serviços de atenção à saúde; aquisição, gestão e logística de suprimentos farmacêuticos e hospitalares; aquisição, gestão e logística de equipamentos médico-hospitalares; aquisição, gestão e logística da rede de lógica e software; gestão, guarda, conservação e manutenção do prédio, terreno e bens inventariados, incluindo mobiliário e os equipamentos médico-hospitalares; contratação e gestão de profissionais de todas as áreas concernentes à operação da unidade hospitalar; execução direta e gestão dos serviços acessórios e necessários ao funcionamento do hospital; operacionalização do atendimento integral, multiprofissional e interdisciplinar aos usuários; implementação de processos de humanização durante todo o período de atendimento e internação; administração da oferta e gestão de leitos; atendimento e realização de exames laboratoriais; realização de cirurgias eletivas e de emergência; e autorização/liberação de acadêmicos dos cursos de saúde para estágio curricular.
Sediada em Florianópolis, o Ideas já gerencia 21 unidades de saúde de baixa, média e alta complexidade em quatro estados: Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. O HRT será o primeiro estabelecimento no Paraná a ser administrado pela entidade.
Via: Assessoria Município de Toledo - Foto: Divulgação
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