Paraná

Agricultores do Paraná receberão créditos de carbono após colheita da safra 2023/2024

Tecnologia inovadora foi desenvolvida pela NetWord Agro, empresa de monitoramento d...

27 nov 23 - 23h59 Redação SOT
Agricultores do Paraná receberão créditos de carbono após colheita da safra 2023/2024

De forma inédita no Brasil e no mundo, agricultores com suas propriedades localizadas no Oeste do Paraná terão acesso ao saldo de créditos de carbono provenientes da atividade agrícola da safra 2023/2024 em diante. A empresa NetWord Agro, com sede localizada em Palotina (PR), é quem disponibilizará aos seus clientes, por meio de sua tecnologia, os relatórios de retenção, emissão e o saldo de carbono no solo, na lavoura e nas áreas de florestas de reserva legal provenientes da atividade agrícola. 

A NetWord Agro é uma startup paranaense tracionada pela incubadora Santos Dumont, unidade de Marechal Cândido Rondon, do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). A tecnologia de monitoramento de solos, lavouras e florestas de reserva legal da empresa, disponibiliza, o carbono retido, as emissões de carbono durante o manejo da safra e o saldo de carbono durante o ciclo de uma cultivar, como soja, milho, trigo ou aveia.

O desenvolvimento da solução foi baseada em teses de mestrados e doutorado realizados pelos fundadores da empresa, que geraram as funcionalidades de integração e tokenização (processo de conversão de ativos do mundo real em tokens digitais) de ativos de sustentabilidade, originação de grãos e crédito de carbono em solo, lavouras, pastagens e áreas de florestas de reserva legal para culturas de extensão e pecuária a partir do uso da tecnologia de monitoramento digital da NetWord Agro. 

Segundo o CEO da startup, Marcos Ferronato, a tecnologia está na fronteira do conhecimento do monitoramento e manejo de solos e lavouras. "A partir de tokens armazenados em uma rede blockchain privada (mecanismo de banco de dados avançado), a NetWord Agro disponibiliza aos clientes uma plataforma de comercialização dos ativos de créditos de carbono e originação de grãos que vai permitir entre outras coisas a tokenização dos grãos ainda na lavoura", explicou.  

Incentivo a inovação  - De acordo com o coordenador do Centro de Empreendedorismo do PTI, Wilmar Ribeiro Júnior, o programa de incubação do Parque Tecnológico, certificado pela Anprotec com o Cerne 4, o mais alto selo de maturidade na gestão de incubadoras, busca incentivar e estimular empreendimentos no desenvolvimento de novas soluções e negócios.  

“A atuação da Incubadora Santos Dumont, além de apoiar os empreendedores a tirarem suas ideias do papel, vem a contribuir com a consolidação destes negócios no mercado, criando condições para que eles se posicionem estrategicamente e estejam inseridos em um ecossistema que reúne conhecimento acadêmico, competências tecnológicas, conexões com parceiros, mentorias, treinamentos e acesso a investimentos”, explicou Wilmar. 

“O exemplo da NetWord Agro mostra como uma solução pode beneficiar a economia, aplicando tecnologia e inovação, e ao mesmo tempo, contribuir com a sustentabilidade”, destacou o coordenador do Centro de Empreendedorismo. 

Para o superintendente de gestão ambiental da Itaipu Binacional, Wilson João Zonin, o desenvolvimento de tecnologias para promover uma agricultura mais sustentável e de baixo carbono, que possam trazer benefícios para os agricultores que aderirem essa nova forma de trabalhar e produzir, é fundamental para reduzir a emissão de gases de efeito estufa que promovem o aquecimento global. "A NetWord Agro traz uma metodologia inovadora, um projeto importante e que está alinhado as diretrizes da Itaipu Binacional de sustentabilidade e as ações promovidas pela superintendência de gestão ambiental", afirmou. 

Conheça a NetWord Agro - A NetWord Agro é uma Deep Tech de Inteligência Artificial (IA) e visão computacional para o monitoramento digital de solos (com sensor proprietário de condutividade elétrica) e lavouras (com imageamento RGB) para culturas de extensão como soja, milho, trigo, aveia, feijão, algodão, cana, arroz e pastagens.  

A tecnologia de monitoramento é 100% proprietária e possui assertividade superior a 95%. Ainda contempla modelagem matemática dos padrões de solos e lavouras e um software de IA que permite identificar os agentes causadores de danos antes do dano (pragas, doenças e daninhas).  

Na vertical de solos, a startup gera os mapas da real disponibilidade dos nutrientes de solo, além da concentração de carbono, compactação de solos e seus respectivos mapas georreferenciados. Na vertical de lavouras são gerados mapas georreferenciados preditivos da incidência dos agentes causadores de danos antes do dano. A atuação é de 100% da área de forma totalmente automática, sem a necessidade de monitores de campo e com ciclo máximo de 24 horas entre o monitoramento e a geração dos mapas.

O uso da tecnologia gera uma redução de custos de manejo entre 20% e 40% e complementa o aumento de produtividade de 5% a 10%. O software de inteligência artificial (IA) também conta com aprendizado de novos agentes causadores de danos e novas culturas que pode ser feito em no máximo 3 semanas. São gerados ainda, dados geoespaciais de aplicação de defensivos com integração com a maioria das marcas de equipamentos de pulverização que tenham a funcionalidade de taxa variável. 

ODS   - A startup tem um forte alinhamento com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), atuando em 12 dos 17 objetivos, por meio de três pilares. "O primeiro o social, uma tecnologia acessível a todos os tamanhos de agricultores e propriedades; segundo a redução do impacto ambiental com a redução de insumos, como defensivos, fertilizantes, água e diesel, porque os nossos mapas permitem aplicação somente nos pontos de incidência e terceiro um impacto econômico muito positivo porque aumentamos a rentabilidade das unidades agropecuárias através da redução de custos e do aumento de produtividade gerado", afirmou o CEO, Marcos Ferronato. 

Das 11 safras monitoradas até o momento a empresa obteve os seguintes números: 165 mil hectares monitorados até a safrinha 2023, R$ 144 milhões em redução de custos, R$ 50,7 milhões em aumento de produtividade, 8 toneladas de defensivos a menos, foram salvos 1,8 milhões de litros de água e reduzidos 200 mil horas máquina no manejo diminuindo 3,8 milhões de litros de diesel utilizados.

Ainda, segundo o CEO, está sendo implementado um modelo de Smart Farm que atua com todas as tecnologias integradas com os produtos e serviços dos parceiros. "Esse modelo permite que seja entregue uma maior segurança operacional ao manejo integrado de solos, pragas, doenças e plantas daninhas nas safras e consequentemente gerando uma maior rentabilidade para os produtores", destacou Marcos Ferronato. 

Premiações   - A NetWord Agro já recebeu as seguintes premiações e reconhecimentos: 2018 – Empresa Finalista Inovativa Brasil e AIT 2018 Brazilian Camp - AIT 2019 Swiss Camp; 2019 – SDG Tech Awards Brazil, Sebrae Like a Boss, Tech Inovação e AMCHAM Brasil; 2020 – Inovativa de Impacto, SDG Super Heroes, TOP 3 100 Open Startups; 2021 – Get in the Ring, Entrepreneurship World Cup, Scale Up Endeavor e Startup World Cup; 2022 – Global MeetUp e Forbes – 20 mais inovadoras do agro; 2023 – Sebrae Like a Farmer, AMCHAM Arena e Santander X. 

Via: Assessoria Parque Tecnológico Itaipu - Foto: Divulgação


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