Operação Protetor resgata trabalhadores em condições análogas à escravidão na fronteira
No local, encontravam-se diversos trabalhadores paraguaios em condições degradantes, caracterizando trabalho análogo à escravidão
Na manhã da última terça-feira (23/01), policiais militares do BPFRON (Batalhão de Polícia de Fronteira) foram acionados para dar apoio à Operação Protetor, uma ação desenvolvida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) com colaboração da Polícia Federal de Guaíra, no Paraná. A operação visava verificar uma denúncia que apontava para a existência de trabalhadores de origem paraguaia em situação análoga à escravidão.
Ao chegarem ao local indicado, os policiais constataram a veracidade da denúncia. No local, encontravam-se diversos trabalhadores paraguaios em condições degradantes, caracterizando trabalho análogo à escravidão. Durante a operação, os alojamentos dos trabalhadores foram vistoriados, revelando diversas irregularidades, incluindo más condições de pagamento de salários, ausência de registro, falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e alimentação precária.
O perito do Ministério Público do Trabalho, ao analisar as condições encontradas, determinou o resgate de 15 trabalhadores, sendo que 4 deles eram menores de idade. Com o apoio da Prefeitura de Icaraíma, foi organizado o deslocamento dos trabalhadores para o abrigo APROMO em Umuarama.
A ação, que integra a Operação Protetor, tem como objetivo coibir práticas ilegais relacionadas ao trabalho e garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores. O Ministério Público do Trabalho e as forças de segurança atuam de forma conjunta para combater situações que configurem exploração e violação dos direitos humanos, especialmente em regiões de fronteira.
O trabalho escravo, infelizmente, ainda é uma realidade que demanda esforços para ser erradicada, e a Operação Protetor reafirma o compromisso em enfrentar essa grave violação dos direitos fundamentais.
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