Na noite do último domingo, 1º de setembro, na Catedral Nossa Senhora Aparecida, aconteceu a Missa de Envio dos candidatos às Eleições 2024. A Celebração foi presidida pelo arcebispo, dom José Mário Scalon Angonese.
Durante a homilia, dom José Mário relembrou a essência do ser político. "Eu gostaria de agradecer e parabenizar todas as pessoas que colocaram seus nomes para concorrer a um cargo eletivo. Ser político não é uma coisa muito fácil, mas precisamos de pessoas dispostas e abertas ao Espírito Santo. O essencial é cuidar da vida. Preservar a vida de todos, e em sua totalidade. Vivam esse mandamento", enfatizou.
Participaram da celebração cerca de 80 candidatos de diversas cidades da Arquidiocese de Cascavel. Além de uma bênção de envio, também receberam a cartilha desenvolvida pelo Regional Sul 2 com orientações práticas para se viver bem às Eleições 2024.
CARTILHA DE ORIENTAÇÃO POLÍTICA - Preocupada em conscientizar os eleitores sobre a responsabilidade do voto e contribuir para a formação política das pessoas, a Igreja Católica no Brasil adotou a prática de elaborar cartilhas que ajudam a motivar os cidadãos a participarem ativamente do processo político. Em seu conteúdo constam critérios que orientam e servem como subsídios a eleitores, candidatos, grupos e até aos meios de comunicação, porém, de forma apartidária e sem interferir nas escolhas individuais.
Assim, a Cartilha de Orientação Política 2024, que é direcionada não apenas aos eleitores, mas também aos candidatos, traz como tema: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5), inspirada na proposta do Papa Francisco para o Jubileu 2025.
Aliás, a esperança permeia todo o conteúdo da cartilha, que apresenta a política de forma positiva e necessária para prover o bem comum. A proposta da Igreja é contribuir para a formação de uma consciência política sadia e motivar a participação de todos no processo eleitoral. Tanto que, na apresentação da edição, Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina (PR) e presidente da CNBB Sul 2, explica que a escolha do tema veio do Catecismo da Igreja Católica, onde diz que “a virtude da esperança responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no coração de todo homem”.
E que, “precisamos escolher os candidatos que sejam pessoas com propostas concretas para responder a esse anseio de felicidade do coração humano, que façam valer um dos princípios fundamentais da política, que é o bem comum”.
CIDADANIA RESPONSÁVEL - O Coordenador Arquidiocesano da Pastoral Política, Olavo Santos, considera que, “ser cristão e ser cidadão são duas realidades inseparáveis, por isso, a cartilha foi elaborada com base cristã, com consciência e responsabilidade, trazendo uma linguagem de fácil compreensão e conteúdo acessível”.
Ele explica que a cartilha apresenta a espiritualidade, a política, a Igreja e a sociedade de uma forma integrada e traz a doutrina social como pilar, para ver se o candidato se enquadra nas características de um bom cristão, além de colocar, de forma adequada o posicionamento dos últimos Papas sobre a política, e, a economia de Francisco é apresentada como mais um subsídio para que o eleitor possa analisar se seu candidato está de acordo com aquilo que a Igreja orienta ser correto.
Destaca-se ainda, o cuidado para com as notícias falsas que ocupam vasto espaço na mídia nesse período eleitoral. “Quanto a isso a cartilha traz alguns conselhos, como: verificar a fonte da informação, autor e data de publicação; ler a matéria completa, não confiar somente no título, ainda mais se for sensacionalista; e, ter senso crítico quanto ao compartilhamento. A maior novidade dessa eleição é a Inteligência Artificial, que será muito usada, por isso importante o cuidado com falsidades”, disse Olavo, ressaltando que o voto é importantíssimo para que o eleitor cristão exerça a cidadania e que entre os critérios para a sua escolha deve estar também a expressão da sua fé.
O coordenador da Pastoral Política considera ainda que, “numa disputa é importante respeitar quem pensa diferente buscando a unidade mesmo em partidos opostos. Os candidatos não são inimigos, mas adversários políticos, por isso a importância de praticar a tolerância” reconhecendo seus erros e acolhendo os acertos do outro.
Via: Assessoria CNBB - Foto: Divulgação
Envie sugestões de Pautas, Fotos, Videos, ou Participe do grupo no WhatsApp ou do nosso Canal no Telegram receba as principais notícias do oeste do Paraná em primeira mão!
CANAL NO WHATSAPP - CANAL DO TELEGRAM - GOOGLE NEWS