Num passado recente, o câncer de mama carregava um peso inevitável de dor e de fatalidade. Com os avanços da medicina, veio também uma mudança de realidade e maior esperança para as mulheres. Hoje, esta condição é tratável e, muitas vezes, curável, especialmente quando diagnosticada precocemente. Tema importante para ser discutido o ano todo e que ganha ainda mais ênfase neste Outubro Rosa, quando o CEONC Hospital do Câncer de Cascavel une-se ao movimento internacional e intensifica sua conscientização para o diagnóstico precoce.
“Antigamente - e quando falamos de antigamente, estamos nos referindo a poucas décadas atrás -, o câncer de mama era frequentemente associado ao sofrimento e à morte. Hoje, isso não é mais verdade, pois, com os avanços científicos que estamos tendo, essa percepção está mudando”, afirma o oncologista Bruno Kunz Bereza, cancerologista cirúrgico do CEONC.
Diariamente, ele convive com a realidade do consultório e do centro cirúrgico, onde teorias, estudos e mitos se confrontam. Uma das crenças que ainda circula entre os pacientes é de que o tratamento do câncer é sempre doloroso e invasivo. No passado, isso até era verdade, mas os avanços nas técnicas médicas desmistificam essa ideia, mudando drasticamente o cenário.
“Até pouco tempo atrás, as cirurgias e tratamentos, como radioterapia e quimioterapia, eram mais agressivos. Hoje, temos um entendimento melhor da dor, com medicamentos mais avançados para controle, técnicas mais eficazes e menos invasivas, que diminuem o impacto no corpo da paciente”, detalha o doutor Bruno.
Embora até 60% das mulheres em tratamento possam sentir algum nível de dor, o oncologista reitera que os avanços em medicações para controle do mal-estar, assim como os novos métodos de tratamento, têm tornado o processo muito mais suportável, gerando mais confiança e menos medo, além de menos sofrimento.
Rastreamento é fundamental - O câncer de mama é uma das neoplasias mais estudadas no mundo, e novas terapias o tornaram tratável e curável, promovendo uma verdadeira revolução no tratamento, oferecendo maior qualidade de vida ao reduzir os efeitos colaterais.
A introdução da medicina personalizada e das terapias-alvo - que utilizam medicamentos mais específicos e eficazes -, trouxe uma mudança significativa no prognóstico das pacientes. “Para se ter uma ideia, a taxa de sobrevida em cinco anos para câncer de mama em estágio inicial ultrapassa 90%. Além disso, os programas de rastreamento reduziram em até 40% a mortalidade entre as mulheres que realizam exames regularmente, o que reforça a importância do diagnóstico precoce", enfatiza o oncologista.
Mitos e tabus ainda interferem - Apesar de todo este avanço científico, alguns mitos ainda confundem as pacientes no momento de decidir sobre o tratamento do câncer de mama. Um dos principais é o medo de que a biópsia possa espalhar o câncer pelo corpo. “Isso não tem qualquer embasamento científico e sempre orientamos nossas pacientes de que fazer a biópsia é uma prática segura e não aumenta o risco de disseminação da doença”, esclarece doutor Bruno.
Outro mito comum entre as pacientes está relacionado à radioterapia. Muitas temem que o tratamento cause câncer. “É preciso deixar claro que a quantidade de radiação utilizada é segura e planejada para atingir apenas a região necessária. Esse medo não deve impedir o tratamento”, ressalta o especialista.
Além disso, é comum ouvir das pacientes diagnosticadas que retirar toda a mama (mastectomia) é melhor. Elas acreditam que assim estarão “se livrando definitivamente" do câncer. No entanto, segundo o oncologista, a taxa de cura para quem faz a cirurgia parcial e para quem retira a mama por completo é a mesma. “O mais importante é personalizar o tratamento para cada caso. O ideal é ouvir e confiar na equipe médica”.
O futuro é personalizado - Diante de um presente de maior otimismo, o futuro é ainda mais animador. A oncologia caminha para uma medicina cada vez mais personalizada e de precisão, com testes genéticos e biópsias líquidas para direcionar o tratamento de forma mais eficaz. Isso, segundo doutor Bruno, evita tanto o tratamento excessivo quanto o insuficiente, garantindo mais segurança para médicos e pacientes.
"Estamos vendo avanços no campo de vacinas, embora essa área ainda esteja em fase de estudos. O futuro do tratamento do câncer de mama está diretamente ligado à genética e à personalização dos tratamentos, e é isso que trará ainda mais resultados positivos", pontua.
Enquanto isso, o desafio continua sendo conscientizar as mulheres sobre a importância da mamografia e do acompanhamento médico regular. A detecção precoce permanece sendo a chave para aumentar as chances de cura. “Vamos continuar afirmando sempre que o diagnóstico precoce salva vidas, por isso orientamos: mulheres, reservem um tempo para cuidar da saúde e garantam mais vida!”, finaliza o doutor Bruno.
Via: Assessoria CEONC Hospital do Câncer - Foto: Divulgação
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