O funcionamento de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é complexo, requer coordenação e olhar especializado para garantir que a assistência ao paciente ocorra de forma segura e coordenada entre as diversas especialidades envolvidas em cada caso. O profissional capacitado para estar à frente deste trabalho é o médico intensivista, especializado no tratamento de pacientes gravemente doentes, que estão em estado crítico e demandam alta necessidade de cuidados. “O médico intensivista avalia e maneja pacientes críticos, faz diagnóstico e trata condições complexas, atua na monitorização contínua desses pacientes, avaliando os sinais vitais, parâmetros clínicos e fornecendo suporte avançado de vida, que inclui uso de medicações que atuam no sistema cardiovascular e ventilação mecânica. O intensivista é o responsável pela tomada de decisões sempre baseadas na ética médica e que tragam a melhor terapêutica para o paciente”, explica o médico intensivista e coordenador da UTI adulto do Policlínica Hospital de Cascavel, Thiago Simões Giancursi.
Menos riscos e melhores resultados - A presença do especialista no ambiente hospitalar é indispensável porque ele possui expertise que garante atendimento especializado e individualizado aos pacientes graves. “O intensivista recebe um treinamento intensivo para exercer essa especialidade médica e temos evidências que a presença dele na UTI melhora os resultados clínicos, reduz mortalidade, sequelas e morbidade nesses pacientes graves que passam por internamento. Em termos de segurança especificamente, um intensivista é importante para prevenir erros de medicação, monitorizar e corrigir alterações hemodinâmicas de sinais vitais de forma rápida, tratando complicações precocemente, garantindo um suporte para as disfunções orgânicas que os pacientes que tem uma doença grave apresentam. Além de serem responsáveis por otimizar o tratamento, eles têm treinamento para fornecer suporte emocional para pacientes e familiares que passam por uma experiência estressante de um internamento em UTI”, afirma.
A pandemia de Covid-19 evidenciou a necessidade do profissional para a assistência do paciente grave. “Aquele período mostrou com bastante clareza a importância do médico intensivista. Nas UTIs, onde a grande maioria dos médicos era especialista, os resultados também eram melhores e os pacientes se recuperavam mais rápido, mostrando a eficiência e eficácia dessa atuação”, observa.
Coordenação de equipe multidisciplinar - Diante da condição grave dos pacientes assistidos em UTI, é necessária presença constante do intensivista, por isso o profissional atua em regime de plantão, a fim de garantir que haja atuação 24 horas por dia. “Cada UTI tem um médico intensivista que é o responsável técnico, conhecido como coordenador da UTI. Esse médico é quem organiza todos os processos relacionados ao cuidado dos pacientes, organiza a visita multidisciplinar diária dentro da UTI, para que todos coloquem pontualmente condições relacionadas à sua área de trabalho. Uma UTI só funciona com uma equipe multiprofissional bem organizada, trabalhando conjuntamente, então é essencial a presença da equipe de enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição, odontologia. Cada um na sua especialidade consegue trazer minúcias do tratamento do paciente que vão favorecer a recuperação com menos sequelas e menor tempo de internação. Além de organizar todos esses processos, o coordenador de UTI também deve fornecer dados estatísticos de tempo de internamento, índice de infecção e de como estão os resultados da sua UTI dentro do hospital para que a qualidade do serviço prestado possa ser observada”, pontua.
Avanços tecnológicos - Além da atuação do especialista, os bons resultados obtidos com pacientes graves também contam com a evolução da tecnologia, que por meio de equipamentos cada vez mais precisos oferece suportes mais seguros e menos invasivos. “Dentro do Hospital a terapia intensiva é o ambiente que mais se beneficiou nos últimos avanços tecnológicos, principalmente em relação à monitorização do paciente crítico e nos aparelhos que fazem a substituição temporária de algum órgão que esteja não funcionante ou parcialmente funcionante naquele paciente em estado crítico. Temos equipamentos que permitem acompanhar em tempo real os sinais vitais e parâmetros clínicos desse paciente. Também temos cada vez mais máquinas que substituem a função de um órgão que está debilitado naquele momento. Na ventilação mecânica, por exemplo, os respiradores estão cada vez mais avançados do ponto de vista tecnológico e fornecem o suporte ventilatório de forma gentil, sem agredir o pulmão do paciente. Além de monitores, bombas de infusão garantem que a medicação seja fornecida de forma e no tempo corretos”, explica.
As ferramentas de inteligência artificial também têm contribuído para o aprimoramento do serviço prestado. “Várias tecnologias vão agregando valor para dentro da UTI, como ferramentas de inteligência artificial, análises de dados em tempo real que permitem que você meça os resultados da sua UTI e compare com os outros serviços para verificar onde pode se melhorar”, completa.
Via: Assessoria Policlínica Hospital de Cascavel - Foto: Divulgação
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