O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) celebra um marco significativo: são 28 anos de atuação do seu Serviço de Neonatologia, em 2024, unidade que desempenha um papel crucial no atendimento e recuperação de bebês prematuros, oferecendo acolhimento e tecnologia para salvar vidas em seus momentos mais frágeis.
Ao longo dessas quase três décadas, o HUOP se consolidou como um centro de referência para famílias da região Oeste do Paraná que enfrentam o delicado cenário da prematuridade. Sendo as principais patologias atendidas pelo serviço: Prematuridade, desconforto respiratório, má formação, patologias cirúrgicas e cardiopatias e baixo peso.
Para marcar essa trajetória e promover a conscientização sobre o tema, o Hospital realiza um evento especial em alusão ao Novembro Roxo, mês dedicado à sensibilização sobre a prematuridade.
Em todo o mundo, 15 milhões de crianças nascem prematuras por ano. No Brasil, são em média, 330 mil bebês antes das 37 semanas de gestação. De acordo com o Ministério da Saúde para esses bebês, o início da vida exige um cuidado intensivo que envolve não só equipamentos de ponta, mas também um suporte humano e emocional que auxilia na construção dos primeiros laços familiares e na recuperação. No HUOP, as conquistas são diárias, e cada bebê que supera desafios torna-se uma verdadeira vitória para a equipe e para as famílias.
“O serviço de Neonatal do HUOP é um setor que envolve muito carinho, amor, dedicação e apego. Cuidamos como se fossemos uma segunda mãe. Para mim é um privilégio trabalhar na UTI Neonatal e ver a evolução diária desses verdadeiros guerreiros e guerreiras”, relata a enfermeira Sandra Viviana Ferreyra, que atua na Neonatologia há mais de 8 anos.
A docente e Vice-coordenadora da residência multiprofissional em Neonatologia e docente co-fundadora da Liga Acadêmica de Fisioterapia Neonatal, Joseane Rodrigues da Silva Nobre, comenta sobre a importância do serviço de Neonatologia no HUOP. “O serviço preza muito pela qualidade, pensando tanto no bem-estar, acolhimento dos familiares e ainda em ter todos os profissionais à disposição. Ficamos muito orgulhosos da nossa UTI e UCI. Um outro fator de orgulho é a humanização que realizamos a pacientes de toda a região que recebe apoio de toda uma equipe multiprofissional que envolve toda a parte técnica como acadêmica”.
A Diretora de Enfermagem do HUOP, Sara Priscila de Carvalho Treccossi, menciona sobre o papel da conscientização e sensibilização sobre a prematuridade às famílias e aos profissionais de saúde. “Precisamos conscientizar a população sobre a prematuridade. Temos na UTI e UCI Neonatal do Hospital uma equipe extremamente envolta realmente no melhor cuidado para as crianças”, diz.
A coordenadora da Neonatologia, Dra. Kamila Minosso, explica que é extremamente importante discussões e reflexões sobre a prematuridade. “O nosso serviço da UTI Neonatal do HUOP conta com dez leitos e a mesma quantidade na UCI, atendendo toda a 20ª Regional de Saúde. Anualmente em nosso serviço atendemos de 280 a 300 crianças, prestando ao paciente um atendimento humanizado”.
A psicóloga do serviço de Neonatologia, Alessandra Rigoni Mendes de Souza, que atua no suporte às famílias, destaca que o impacto psicológico da prematuridade é profundo e merece atenção especial. "O atendimento para as famílias é de suporte e apoio emocional enquanto os bebês estão internados. No caso das mães, sempre que percebemos a necessidade de atendimento clínico, nos casos de depressão pós-parto por exemplo, fazemos o encaminhamento para rede pública. Também realizamos uma conversa com as mães, onde trabalhamos as angústias, dores e principalmente o medo da morte na prematuridade", explica.
Semana da Prematuridade - O I Encontro da Prematuridade promovido pelo HUOP neste Novembro Roxo tem o objetivo de unir profissionais da saúde, familiares e a comunidade em um ambiente de sensibilização e troca de experiências. O evento contou com palestras com médicos, enfermeiros e psicólogos, apresentações culturais e exposição fotográfica. Também estão sendo realizadas rodas de conversa com familiares de bebês que passaram pela unidade, permitindo a troca de histórias e proporcionando apoio emocional para quem enfrenta ou já enfrentou o desafio da prematuridade.
Fernanda de Miranda é mãe de Edmara, de apenas um ano, que nasceu com apenas 1,230 kg e 30 semanas e precisou do serviço de Neonatologia do HUOP. “O período que a bebê ficou internada foi um dos piores momentos da minha vida, ainda mais pela quantidade de dias. Atualmente ver ela bem, saudável e feliz é muito gratificante”, diz.
“Hoje retornar aqui e subir as rampas o coração se enche de gratidão sem tamanho, porque elas estão comigo depois de muitas provações como acontece com todos os pais de prematuros. O deixar e dormir sem seus filhos não é uma tarefa fácil, porém ficava tranquila sabendo que deixei com profissionais que são uns anjos nas nossas vidas”, diz Nara, mãe das gêmeas Júlia e Lavinia.
Outro ponto de destaque do evento foi o tradicional ensaio fotográfico com os bebês internados na UTI e UCI Neonatal, com todos vestidos de roxo, cor que representa a luta pela conscientização sobre o tema, e que busca levar a mensagem de que a prevenção e o conhecimento sobre a prematuridade são passos essenciais para reduzir os riscos e aumentar as chances de uma vida saudável para esses bebês.
O Novembro Roxo no HUOP é uma iniciativa que vai além da simples celebração de uma data, pois representa o compromisso de toda uma equipe com a vida e a recuperação de cada recém-nascido. É uma oportunidade para sensibilizar a sociedade, informar as famílias e fortalecer o vínculo entre profissionais e pacientes, criando uma rede de apoio e esperança para todos que enfrentam a prematuridade.
Via: Assessoria Unioeste - Foto: Divulgação
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