Cascavel

Possível greve no transporte público de Cascavel gera polêmica e até ações judiciais

O motivo da paralisação foi a divergência em relação a uma cláusula presente no edi...

05 dez 24 - 11h16 Atualizado 05 dez 24 - 11h41 Redação SOT

A cidade de Cascavel vivenciou uma manhã de caos nesta quinta-feira (05/12) devido a uma paralisação no transporte público, motivada por uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Cascavel (SINTTRACOVEL). A interrupção do serviço, que durou cerca de duas horas, causou transtornos a milhares de usuários e desencadeou uma série de reações por parte do poder público e da sociedade.

O motivo da paralisação foi a divergência em relação a uma cláusula presente no edital da nova concessão do transporte público, que permite a dispensa de funcionários sem responsabilidade do poder concedente em caso de ações judiciais. O sindicato considera essa cláusula prejudicial e inconstitucional, enquanto a Prefeitura de Cascavel e a empresa de transporte público a defendem como necessária para garantir a qualidade do serviço.

A paralisação, que iniciou às 5h e se estendeu até às 7h15, gerou grande congestionamento nos pontos de ônibus e atrasos nas atividades da população. Diante da situação, o prefeito Leonaldo Paranhos classificou a ação do sindicato como "irresponsável", "covarde" e "criminosa", alegando que a paralisação prejudicou mais de 25 mil pessoas.

Em coletiva de imprensa, o prefeito anunciou que tomará medidas judiciais contra o sindicato, solicitando ao procurador do município e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ações para responsabilizar o sindicato pelos prejuízos causados à população. Além disso, Paranhos defendeu a cláusula em questão, argumentando que ela visa garantir a qualidade e a segurança do serviço de transporte público.

O procurador do município, Edson Zorek, confirmou que a Prefeitura irá tomar as medidas cabíveis, incluindo a possibilidade de aplicação de multas para futuras paralisações que não seguirem os procedimentos legais. A presidente da Transitar, Larissa Boeing, também defendeu a cláusula, destacando que ela é fundamental para garantir a qualidade dos serviços e a segurança dos usuários.

A paralisação gerou grande repercussão na cidade, com diversas opiniões sobre o assunto sendo divulgadas nas redes sociais e nos meios de comunicação. A população se dividiu entre aqueles que apoiam a reivindicação dos trabalhadores e aqueles que defendem a posição da Prefeitura e da empresa de transporte público.

A licitação do transporte público de Cascavel está prevista para ocorrer na próxima segunda-feira (09/12) e a cláusula em questão continua sendo um ponto de divergência entre as partes. 

Via: SOT/Luiz Felipe Max - Foto: Luiz Felipe Max


Envie sugestões de Pautas, Fotos, Videos, ou Participe do grupo no WhatsApp ou do nosso Canal no Telegram receba as principais notícias do oeste do Paraná em primeira mão! 

CANAL NO WHATSAPP  -  CANAL DO TELEGRAM - GOOGLE NEWS 



Leia Também:
Publicar um comentário:
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.