
O aumento de casos de uso indevido de polimetilmetacrilato, conhecido mais popularmente como PMMA, tem sido expressivo nos últimos anos. Denúncias de pacientes enganados, principalmente por não médicos, se tornaram comuns e revelam danos graves à saúde. Diante do risco à população, na última terça-feira (21/01), o Conselho Federal de Medicina (CFM) elaborou um documento pedindo o banimento da substância à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O conselheiro Alcindo Cerci, que representa os médicos paranaenses na Autarquia, participou da elaboração do requerimento. “Esse documento contém 35 páginas e dispõe de ampla fundamentação técnica e científica, que não deixam dúvidas sobre os riscos do uso do PMMA”, pontua Cerci.
“Hoje em dia, como consta no documento, dispomos de substâncias mais seguras. Essa solicitação à Anvisa é mais um alerta para a população que, por não saber dos riscos, pode se submeter a procedimentos com o uso da substância. É importante frisar ainda que alguns profissionais, principalmente não médicos, têm usado o PMMA para fins estéticos, o que é proibido”, ressalta o conselheiro.
Principais complicações:
O uso do polimetilmetacrilato (PMMA) como substância preenchedora pode trazer diversos perigos para a saúde, principalmente em procedimentos estéticos, como:
Complicações locais: Como edemas, inflamações, reações alérgicas e formação de granulomas (acúmulo de células inflamatórias que podem ser difíceis de tratar).
Complicações tardias: Os efeitos adversos podem surgir meses ou até anos após o procedimento, incluindo infecções e problemas mais graves.
Danos irreversíveis: A remoção do PMMA é extremamente difícil, pois ele se entrelaça com os tecidos saudáveis, o que pode levar a sequelas permanentes.
Lesões nos órgãos internos: O uso do PMMA em grandes volumes, como em preenchimentos glúteos, está associado a complicações como hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue) e lesões renais, que podem evoluir para insuficiência renal grave.
Via: SOT/Luiz Felipe Max - Foto: Divulgação
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