
Numa quinta-feira marcada pela dor e pela saudade, Israel recebeu os corpos de Shiri Bibas (32) e seus dois filhos, Ariel (5) e Kfir (2), que se tornaram símbolos da brutalidade do Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023. A família Bibas foi sequestrada durante o ataque e, após 15 meses de um conflito angustiante, seus corpos foram entregues por terroristas e trazidos de volta a Israel.
O Hamas afirma que a família foi morta durante um bombardeio israelense na Faixa de Gaza, uma alegação que Israel não confirmou nem negou. A verdade por trás de suas mortes permanece incerta, aumentando ainda mais a dor e a complexidade da tragédia.
Durante a troca de reféns, uma cena comovente tomou conta da estrada 232, próxima à fronteira com Gaza. Pessoas com bandeiras israelenses se reuniram para homenagear a família Bibas enquanto um comboio transportava seus corpos para o instituto forense de Israel.
Yarden Bibas, pai das crianças e marido de Shiri, também foi sequestrado no ataque, mas foi libertado pelos terroristas do Hamas em 1º de fevereiro. Ele é o único sobrevivente da família e, segundo a imprensa israelense, nunca se encontrou com a esposa e os filhos durante o cativeiro.
A história da família Bibas desencadeou uma onda de protestos e comoção em Israel e ao redor do mundo, com pessoas exigindo a libertação dos reféns. A preocupação com o bem-estar das crianças cresceu ainda mais durante o cessar-fogo de novembro de 2023, quando a maioria das mulheres e crianças sequestradas foi libertada, e aumentou nas últimas semanas, com a libertação de reféns mulheres ainda vivas.
Kfir, com apenas 9 meses na época do sequestro, tornou-se o refém mais jovem entre os cerca de 30 menores levados pelo Hamas em 7 de outubro. Ele se transformou em um símbolo em Israel, com seu caso sendo mencionado por líderes israelenses em discursos internacionais. Para marcar seu primeiro aniversário, familiares soltaram balões laranja e pediram apoio a líderes mundiais.
Ariel, o irmão mais velho, era o segundo refém mais jovem do grupo terrorista Hamas. Seus avós maternos, Yossi e Margit Silberman, foram mortos durante o mesmo ataque terrorista de 7 de outubro.
A falta de informações sobre a família Bibas durante o cativeiro gerou dúvidas e incertezas, inclusive entre seus parentes. Dana Silberman-Sitton, irmã de Shiri, expressou sua descrença na sobrevivência da irmã e dos sobrinhos, revelando que decidiu contar a seus filhos, em dezembro de 2023, que a tia Shiri e os primos estavam mortos, após o Hamas afirmar que eles haviam falecido.
Ofri Bibas Levy, irmã de Yarden, adotou uma abordagem diferente, insistindo que Shiri e as crianças ainda estavam vivas. Ela viajou ao exterior em missões e concedeu diversas entrevistas para manter a história da família viva. Imagens da família foram exibidas em telões na Times Square, em Nova York, estampadas em camisetas usadas por manifestantes em todo o mundo e levadas ao Fórum Econômico Mundial pelo presidente israelense, Isaac Herzog.
Shiri Bibas era israelense, mas tinha origem argentina, com sua família tendo migrado da Argentina para Israel, onde ela cresceu.
A família Bibas planejava se mudar para as Colinas de Golã, um território sírio anexado por Israel em 1981, devido às tensões na região onde viviam, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, onde o lançamento de foguetes era frequente.
A história da família Bibas é um capítulo trágico e doloroso no conflito israelo-palestino, expondo a brutalidade da guerra e o sofrimento de famílias inocentes.
Via: Redação SOT - Foto: Divulgação/BorderPeriodismo
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