
Com 294 casos confirmados de chikungunya neste ano em Cascavel e uma situação de surto, a doença tem sido uma preocupação da Secretaria de Saúde, principalmente devido ao risco de desenvolvimento de sintomas crônicos.
A médica da Vigilância Epidemiológica, doutora Alana Caporal, alerta que a doença pode deixar sequelas que afetam significativamente a rotina dos pacientes, impactando a qualidade de vida por anos. “ Os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da dengue, como febre, náuseas, dor no corpo, vômito e dor de cabeça. No entanto, um diferencial da chikungunya é a dor articular intensa, que pode atingir mãos, punhos, joelhos e tornozelos, acompanhada de inchaço e vermelhidão”, explica a médica.
O maior risco da chikungunya está na possibilidade de cronificação da dor. “Até 50% dos pacientes podem desenvolver dor crônica, que pode durar meses ou até anos. É uma dor incapacitante, que pode impedir a pessoa de realizar atividades simples, como segurar um objeto”, enfatiza doutora Alana.
Embora a dengue seja mais letal, a chikungunya pode trazer complicações sérias. “A doença pode atingir órgãos e sistemas, levando a insuficiência cardíaca, problemas renais e até neurológicos. Se um paciente apresentar febre e dores articulares e, em seguida, evoluir para sintomas como dor no peito, falta de ar, inchaço ou desmaios, é um sinal de alerta e ele deve procurar atendimento médico imediato”, ressalta a especialista.
Diferente da dengue, que já conta com vacina disponível, a chikungunya ainda não tem imunização no Brasil. “ A vacina da dengue não protege contra a chikungunya, e, no momento, não há vacina disponível para essa doença”, informa a médica.
Por isso, a principal forma de proteção continua sendo o combate ao mosquito Aedes aegypti. Medidas como eliminar água parada, manter caixas da água fechadas, descartar o lixo corretamente são essenciais para evitar a proliferação do vetor. A orientação é sempre fazer a faxina semanal em casa.
A médica reforça que a população deve estar atenta. “A chikungunya não é apenas uma febre passageira. Pode deixar sequelas para a vida toda. A prevenção é o melhor caminho para evitar o sofrimento e complicações graves”.
Via: SOT/Luiz Felipe Max - Foto: Divulgação
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