14 de setembro de 2025

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Indústria do Oeste busca força extra: reunião histórica promete mudar futuro do setor

A Caciopar e o Sistema Fiep alinham estratégias para superar carências e ampliar a relevância da indústria regional no Paraná...

Indústria do Oeste busca força extra: reunião histórica promete mudar futuro do setor
© Divulgação

A indústria do Oeste do Paraná voltou ao centro do debate nesta quinta-feira, 9, durante uma reunião organizada pela diretoria de Indústria da Caciopar, que reuniu lideranças regionais e representantes do Sistema Fiep. O encontro, realizado de forma híbrida — com parte presencial e parte online —, teve como objetivo mapear desafios, aproximar instituições e encontrar caminhos que garantam o fortalecimento de um dos setores mais estratégicos para a economia paranaense.

Participaram da reunião o gerente regional da Fiep, Gidião Monteiro, o gerente de Relacionamento do Sesi/Senai, Felipe Brites, e o coordenador regional da Fiep, Rafael Amaral. Todos apresentaram informações sobre programas e soluções voltadas ao crescimento industrial. A coordenação ficou sob responsabilidade de Marcos Frazão, diretor da Indústria da Caciopar e da Faciap, com a presença do presidente da entidade, Reni Fernande Felipe.

A indústria do Oeste, que já ocupa posição de destaque ao responder pelo segundo maior Produto Interno Bruto do Paraná, tem crescido em ritmo superior ao de outras regiões do estado. Apesar desse desempenho positivo, lideranças avaliam que ainda existe um grande potencial inexplorado, especialmente na geração de empregos qualificados e no aumento da relevância econômica dos municípios.

Uma das principais preocupações levantadas na reunião foi a falta de profissionais especializados para atender às necessidades imediatas do setor. De acordo com pesquisa realizada pela Caciopar no final de 2024, mais de 80% dos dirigentes industriais apontaram a carência de mão de obra qualificada como o maior desafio atual. A escassez atinge áreas fundamentais como mecânica, tornearia e transporte, com destaque para a falta de motoristas capacitados. O ensino profissionalizante, nesse contexto, foi colocado como prioridade absoluta para suprir a demanda e garantir o ritmo de crescimento da região.

Para enfrentar esse gargalo, representantes do Sistema Fiep detalharam as frentes de atuação do Sesi, Senai e IEL. O Sesi, além de programas de educação infantil e fundamental, aposta em modalidades de Educação Continuada e de Jovens e Adultos, ampliando as oportunidades de formação. Já o Senai, com unidades em Cascavel e Marechal Cândido Rondon, oferece capacitação para jovens de 14 a 24 anos em cursos técnicos de 160 a 800 horas. Apenas em 2023, mais de mil alunos foram formados em 23 cursos distribuídos por 11 áreas distintas.

O IEL, com mais de 50 anos de experiência, é outro aliado importante, atuando na intermediação de estágios. Segundo as regras atuais, indústrias com cinco ou mais colaboradores já podem receber estagiários, o que representa um reforço imediato para as equipes e contribui para a formação prática de novos talentos.

Além da educação formal, outro destaque foi o programa “Carretas do Conhecimento”, que leva cursos itinerantes de qualificação a municípios de menor porte. Para 2025, estão previstas mais de 20 ações no Oeste, com agendas confirmadas em Marechal Cândido Rondon, Diamante do Oeste, Toledo, Matelândia e Campo Bonito

O Sistema Fiep também disponibiliza programas em diversas frentes, ampliando o leque de apoio às indústrias. Entre os serviços estão cursos de atualização em normas regulamentadoras, programas de saúde mental, projetos de acolhimento de estrangeiros, ações de gestão de riscos e treinamentos voltados à produtividade. Até mesmo campanhas de vacinação contra a gripe são oferecidas para empresários e equipes, com descontos que ultrapassam 50%.

Com o avanço dessas iniciativas, a expectativa é de que o setor industrial do Oeste paranaense continue a se consolidar como um dos pilares da economia estadual. A soma de esforços entre entidades, lideranças e instituições de ensino profissionalizante se apresenta como o caminho mais promissor para garantir não apenas a manutenção do crescimento, mas também o fortalecimento da competitividade regional em nível nacional.

/Luiz Felipe Max - Foto: Divulgação


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