Comissão de Turismo de Cascavel pede que parque da Ponte Molhada seja cedido para iniciativa privada
A Comissão, alega que o local, apesar de seu potencial turístico, “encontra-se em visível estado de abandono”

A Comissão de Turismo e Assuntos Internacionais (CTAI) da Câmara está pedindo ao prefeito Renato Silva (PL) que o Executivo estude a viabilidade de entregar à iniciativa privada a administração do Parque Municipal Salto do Portão, situado no distrito de Rio do Salto. É nele que está localizada a Ponte Molhada, um conhecido ponto de atração turística.
O que aconteceu
A Comissão, presidida pelo vereador Cidão da Telepar (Podemos) e composta também por Xavier (Republicanos) e Serginho Ribeiro (PSD), alega que o local, apesar de seu potencial turístico, “encontra-se em visível estado de abandono”. Os vereadores propõem que seja adotado o modelo da cessão onerosa, que é a transferência temporária de um bem ou direito mediante o pagamento de uma remuneração.
“Em anos anteriores, essa Comissão realizou visita técnica onde foi possível constatar a falta de manutenção em diversos pontos, como nas escadarias de acesso à cachoeira, que estão comprometidas e representam risco à segurança dos frequentadores. Além disso, observou-se deterioração no deck de madeira, quiosques e banheiros, além da presença de lixo espalhado em áreas de uso comum”, ressalta a justificativa da Indicação nº 734/2025.
Beleza natural e esportes de aventura
O parque possui área de aproximadamente 121.000 m² e está situado a cerca de dois quilômetros depois do pedágio da BR-277, sentido Curitiba. “O espaço natural, de beleza singular, é cercado por vegetação nativa e cortado por curso d’água que forma uma belíssima queda — uma das mais belas da região — sendo ponto de atração para visitantes locais e turistas que buscam contato com a natureza e lazer ao ar livre”, lembram os vereadores.
A justificativa apresentada por Cidão, Xavier e Serginho ainda destaca que o local é frequentemente visitado por praticantes de esportes, especialmente ciclistas, motociclistas e jipeiros, o que reforça sua relevância como espaço de lazer e turismo de aventura. “A atual situação compromete não apenas a experiência dos visitantes, mas também afasta o potencial de geração de renda e desenvolvimento econômico para a comunidade e para o município como um todo”, alertam.
Na avaliação da Comissão, a concessão onerosa à iniciativa privada se apresenta como alternativa viável para revitalização, manutenção contínua e promoção adequada do espaço, possibilitando investimentos em infraestrutura, segurança, preservação ambiental e divulgação turística. “O modelo de concessão pode ser estruturado de forma a garantir o uso público, com critérios que assegurem a sustentabilidade e o acesso democrático ao parque”, finalizam os parlamentares.
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