Colheita de feijão preto marca início da produção do primeiro produto da agricultura urbana de Cascavel

O que começou com uma ideia, algumas doações e muito empenho coletivo agora dá seus primeiros frutos concretos. A Apuc, Associação dos Produtores Urbanos de Cascavel, iniciou nesta sexta-feira (16) a colheita do feijão preto cultivado em um terreno de 46 mil metros quadrados, cedido pelo Município. A colheita marca também o nascimento do primeiro produto com marca própria da agricultura urbana de Cascavel.

Toda a iniciativa é coordenada pelo programa Agricultura Urbana do Território Cidadão, em parceria com a Apuc, que ficou responsável por todas as etapas do cultivo: preparo da terra, manejo, capina, controle de pragas e colheita. O terreno foi preparado pela Prefeitura e as sementes, herbicidas, maquinários e assistência técnica foram fornecidos como doação por empresas parceiras.

O próximo passo será o beneficiamento artesanal dos grãos e o empacotamento em embalagens de 1 kg, já com a identidade visual do programa. O lançamento oficial está previsto para o próximo mês, com distribuição em feiras, pontos de venda municipais e, futuramente, redes de supermercados da cidade, por meio de parcerias comerciais que ainda estão sendo viabilizadas.

Além de representar uma conquista para os agricultores urbanos, a colheita do feijão mostra que a colaboração entre o poder público e privado é essencial para gerar transformação social. “Esse feijão será um marco histórico para a agricultura urbana de Cascavel. Ele simboliza uma política pública que gera renda para quem mais precisa. Conseguimos as doações com o apoio de empresas socialmente responsáveis e, hoje, é uma grande alegria estarmos aqui fazendo essa colheita”, destaca o coordenador do programa Agricultura Urbana, José Luiz Ferreira.

Toda a renda obtida com as vendas será revertida para a Apuc. A aplicação dos recursos será acompanhada pelo Território Cidadão, por meio de um plano de trabalho que garante transparência e responsabilidade social nos investimentos.

O gestor do Território Cidadão, Juarez Vieira, diz que essa colheita representa um passo importante para a autonomia dos produtores. “Nosso papel é dar suporte para que essas famílias possam caminhar com independência no futuro. A colheita de hoje significa o incentivo público gerando frutos reais na vida das pessoas. É isso que o Território Cidadão faz". 

Atualmente, a Apuc conta com cerca de 150 produtores associados. A expectativa é que a comercialização do feijão contribua significativamente para a geração de renda das famílias envolvidas. A presidente da associação, Neide Oviedo, considera esse momento um marco na vida dos associados. “Esse programa ajuda muito, tanto na renda familiar quanto na saúde mental, pois mexer com a terra é terapêutico para a gente. E, agora, ver esse feijão sendo colhido é uma alegria enorme. A gente agradece muito ao Território Cidadão e a todo o apoio que recebemos. Eu acredito que essa parceria tem tudo para dar certo”.