25 de maio de 2025

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Mãe acusa hospital de matar bebê de frio: ‘Esperaram eu dormir para tirar a coberta’"

Caso de suposta negligência médica no Hospital Universitário de Cascavel revolta mãe e levanta pedido de justiça; município foi procurado para prestar esclarecimentos...

Mãe acusa hospital de matar bebê de frio: ‘Esperaram eu dormir para tirar a coberta’"
Arquivo Pessoal

Uma mãe denuncia um caso grave de suposta negligência médica no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel. Segundo ela, seu filho, Anthony Nadson, um bebê, faleceu por hipotermia — ou seja, morreu de frio — após ter sido repetidamente descoberto por uma enfermeira durante a madrugada. A situação teria ocorrido enquanto o bebê estava internado e sob cuidados hospitalares.

De acordo com o relato da mãe, ela havia coberto o filho diversas vezes ao perceber que ele estava com frio. No entanto, a profissional da saúde insistia que o cobertor não deveria ser usado, alegando risco de febre. Mesmo com os apelos da mãe, a enfermeira teria retirado a coberta enquanto ela dormia.

A mãe afirma que acordou por volta das 4h da manhã com o alarme da máquina do bebê, que indicava frequência cardíaca de apenas 34 batimentos por minuto e temperatura corporal de 32,2°C, níveis considerados gravemente baixos. Ela relata ainda que encontrou o filho totalmente descoberto e gelado, enquanto as enfermeiras conversavam e riam próximas ao local.

Desesperada, ela conta que precisou chamar a atenção das profissionais, que ao tocarem os pés do bebê disseram que a situação era "normal". O médico responsável não estaria presente no momento e teria sido acordado pelos funcionários apenas após o quadro se agravar. A reanimação do bebê começou cerca de 15 minutos depois e seguiu por cerca de duas horas, até que, às 6h20 da manhã, foi constatado o óbito.

A mãe questionou o médico sobre a causa da morte e, segundo ela, recebeu respostas vagas. Ele teria usado a expressão "vamos supor que ele morreu pelo que tinha" e, ao final, admitido que "supostamente" o bebê pode ter morrido por hipotermia.

O caso gerou revolta na família, que afirma estar registrando boletim de ocorrência e buscando apoio de outras mães para realizar um protesto em frente ao hospital. A mãe também denuncia que buscou atendimento em cinco unidades de pronto atendimento (UPAs), onde o menino teria sido liberado mesmo com sintomas que inspiravam cuidados. Segundo ela, se o bebê tivesse sido corretamente atendido desde o início, o desfecho poderia ter sido evitado.

Entramos em contato com a Hospital Universitário solicitando esclarecimentos sobre o caso que respondeu por nota apenas: "O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) nega negligência, está acompanhando o caso junto às autoridades pertinentes e mantém a responsabilidade de prestar todas as informações necessárias à família."

Refente aos atendimentos nas UPAs de Cascavel, entramos em contato com o Município de Cascavel, que se pronunciou apenas dizendo que "A Secretaria de Saúde de Cascavel informa que segue a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e esclarece que só repassa informações de pacientes aos próprios e familiares autorizados." 

Por: SOT/Luiz Felipe Max - Foto: Arquivo Pessoal

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