Trump anuncia ataque a três usinas nucleares do Irã e acirram tensão no Oriente Médio
Trump anuncia ataques às instalações de Fordow, Natanz e Esfahan e diz que missão foi um sucesso; Iêmen ameaça retaliar no Mar Vermelho

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (data local) por meio de suas redes sociais que as Forças Armadas norte-americanas realizaram ataques aéreos contra três usinas nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Esfahan. Segundo o presidente, os militares responsáveis pela ação já teriam deixado o espaço aéreo iraniano, e o principal alvo dos bombardeios teria sido a usina de Fordow.
O ataque ocorre em um momento de escalada no conflito entre Israel e Irã, iniciado no último dia 13, quando Israel lançou uma ofensiva militar surpresa acusando Teerã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear. O Irã, por sua vez, nega as acusações e afirma que seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos, estando inclusive em negociação com os Estados Unidos para reafirmar compromissos dentro do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), do qual é signatário.
Apesar disso, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vinha apontando o descumprimento de obrigações por parte do Irã, mesmo sem apresentar provas de que o país estivesse construindo uma bomba nuclear. Teerã acusa a AIEA de agir de forma politicamente motivada, sob influência de potências ocidentais como Estados Unidos, França e Reino Unido, que apoiam Israel no atual conflito.
O presidente Trump classificou a missão como um "grande sucesso" e exaltou as forças armadas norte-americanas. A ação, no entanto, trouxe novos desdobramentos geopolíticos. Ainda neste sábado, as Forças Armadas do Iêmen emitiram um alerta afirmando que atacarão navios comerciais e militares dos EUA no Mar Vermelho caso Washington se envolva diretamente na guerra contra o Irã. Segundo o porta-voz militar iemenita, os movimentos dos Estados Unidos e de seus aliados estão sendo monitorados de perto.
Paralelamente, a agência de notícias Reuters divulgou que bombardeiros B-2, com capacidade de destruir estruturas subterrâneas, estão sendo deslocados para a Ilha de Guam, no Pacífico, como parte de um possível reforço militar norte-americano.
O conflito no Oriente Médio, já complexo e historicamente carregado de tensões, atinge agora um novo nível de instabilidade. Israel, que historicamente se opõe ao desenvolvimento nuclear iraniano, é acusado de manter um programa nuclear secreto desde a década de 1950, com estimativas apontando para a posse de cerca de 90 ogivas nucleares.
A nova ofensiva norte-americana, somada às ameaças do Iêmen e à movimentação de tropas estratégicas, amplia o risco de uma guerra de maiores proporções na região, com impactos globais ainda imprevisíveis.
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