Festival de Música de Cascavel tem oficina inclusiva que leva ensino da música a pessoas com baixa visão e deficiência visual
Durante o festival, ele comanda as oficinas de Apreciação Musical Inclusiva e Prática de Conjunto Inclusiva, ambas com participação gratuita e abertas ao público interessado.
Entre os muitos sons que ecoam pelos corredores do Teatro Municipal Sefrin Filho durante o 35º Festival de Música de Cascavel, há uma melodia que se destaca não apenas pela harmonia, mas pelo propósito: a inclusão. Com sensibilidade, conhecimento técnico e uma escuta verdadeiramente atenta, o professor Luiz Amorim conduz duas oficinas que vêm emocionando alunos e espectadores, ao provar que a música pode e deve ser para todos.
Com formação sólida em música, especialização em educação inclusiva e experiência em abordagens cognitivas específicas para pessoas cegas e com baixa visão, Luiz Amorim é um nome respeitado no campo da acessibilidade musical. Portador de baixa visão congênita, o professor transforma sua vivência pessoal em força pedagógica, aproximando pessoas com deficiência da experiência musical plena.
Durante o festival, ele comanda as oficinas de Apreciação Musical Inclusiva e Prática de Conjunto Inclusiva, ambas com participação gratuita e abertas ao público interessado.
A proposta pedagógica do professor alia a multisensorialidade, envolvendo estímulos auditivos e táteis a técnicas de autonomia musical, que incentivam o protagonismo dos alunos no processo de criação e interpretação. Por meio de um trabalho colaborativo, os participantes experimentam o som em sua complexidade, respeitando os diferentes tempos, ritmos e formas de aprendizado.
Nas oficinas, Luiz utiliza recursos como a audiodescrição e estratégias adaptadas que facilitam o acesso de pessoas cegas e com baixa visão. A dinâmica de grupo privilegia a escuta ativa e o diálogo, promovendo uma inclusão que vai muito além do físico, contemplando a uma inclusão cognitiva e sensorial.