Descarte de entulhos/volumosos em Cascavel: burocracia e altos custos dificultam serviço essencial
Moradora denuncia burocracia e custos excessivos para descartar móveis e entulhos em Cascavel; Prefeitura ainda não respondeu aos questionamentos.
O Portal SOT recebeu um relato nesta quinta-feira (28/08), de uma moradora de Cascavel que enfrentou uma verdadeira maratona para descartar móveis e resíduos volumosos no município. O caso expõe a dificuldade da população em lidar com um sistema de coleta considerado lento, burocrático e oneroso, que muitas vezes acaba estimulando descartes irregulares em áreas ermas.
De acordo com a internauta, ao tentar agendar a coleta de móveis em frente à sua residência, via WhatsApp, enfrentou uma extensa burocracia e, após todo o processo, só conseguiu marcar a retirada para dois meses à frente. Como precisava se desfazer dos itens com mais urgência, buscou outra alternativa: levar os resíduos até o aterro.
No entanto, foi informada de que não poderia realizar o descarte diretamente. O material deveria ser levado primeiramente até um Ecoponto, localizado na região central da cidade, onde passaria por avaliação. Apenas após essa etapa é que seria autorizado o transporte até o aterro sanitário, que fica às margens da PR-486, em uma área bastante afastada de Cascavel. Isso significaria contratar dois fretes particulares: um até o Ecoponto e outro do Ecoponto até o aterro.
“Já tinha enviado as imagens dos materiais via WhatsApp. Se a avaliação já pode ser feita de forma digital, por que não autorizam o descarte direto no aterro? É um gasto desnecessário e um desgaste imenso”, questiona.
Outro ponto levantado pela moradora é o horário limitado de funcionamento do sistema. As autorizações só podem ser feitas em período comercial, até às 15h, o que inviabiliza o processo para quem trabalha nesse turno. “A coleta deveria ter horários mais acessíveis, pelo menos até as 19h. Nem todos têm a possibilidade de se ausentar do trabalho para resolver esse tipo de demanda”, acrescenta.
Diante da burocracia e dos custos adicionais, a internauta ainda alerta para uma consequência grave: o descarte irregular. “Não é à toa que a gente vê cada vez mais resíduos sendo jogados em terrenos baldios e áreas isoladas. Muitas pessoas não têm condições de pagar dois fretes particulares, e o sistema, ao invés de ajudar, acaba atrapalhando.”
A situação revela um problema que vai além de casos isolados e que exige repensar o modelo de descarte no município, trazendo mais agilidade, acessibilidade e eficiência para evitar que a população acabe recorrendo a soluções ilegais.
Diante do relato, nossa redação entrou em contato com a Prefeitura de Cascavel e solicitou um posicionamento sobre o caso e aguarda retorno oficial da Prefeitura de Cascavel. Assim que houver resposta, este conteúdo será atualizado.