Ricardo Conceição, líder que ajudou a revolucionar o agro, ganha homenagem
Na década de 1990, a agricultura brasileira era muito diferente do que é hoje.
A Cotriguaçu, central que representa C. Vale, Copacol, Coopavel e Lar, acaba de fazer homenagem a Ricardo Conceição, um dos artífices das ações que permitiram, a partir da década de 1990, o crescimento vertiginoso do agronegócio brasileiro. Líderes do setor, presidentes de entidades produtivas e diretores do Banco do Brasil, instituição na qual Ricardo atuou por mais de 40 anos, participaram do evento em reconhecimento à trajetória profissional e as contribuições dele aos avanços de uma cadeia indispensável à economia brasileira.
O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, lembrou das dificuldades da agricultura nas décadas de 1980 e 1990 e da coragem de líderes como Ricardo Conceição para enfrentar as barreiras da época e permitir uma mudança que revolucionaria o cenário. “Temos uma dívida de gratidão com o Ricardo, que, com sensibilidade e conhecimento, contribuiu para mudanças que permitiriam transformar o agro brasileiro em potência mundial”. Dilvo lembrou que, de 1990 a 2025, o crescimento na produção de grãos do País chegou próximo de 500%. Na esteira do setor, nasceram e cresceram cidades, economias de estados e do Brasil foram fortalecidas e valorizadas.
O presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, lembrou que os avanços que o agro passou a experimentar a partir dos anos 90 trouxeram mudanças ao sistema cooperativista, aos produtores rurais e às famílias que decidiram acreditar e investir no setor. “Devo muito ao Ricardo e ao agro, que trouxe novas e importantes perspectivas às nossas vidas. O movimento cooperativista cresceu de forma abundante, gerando desenvolvimento, empregos e prosperidade”. Por sua vez, o superintendente regional de Cascavel do Banco do Brasil, Alexssander Ramires de Oliveira, destacou que a trajetória de Ricardo Conceição é uma inspiração à instituição e aos seus profissionais.
Da crise ao sucesso
Na década de 1990, a agricultura brasileira era muito diferente do que é hoje. Ricardo lembra que o setor estava quebrado e os produtores rurais descapitalizados e desanimados, tudo em função da inflação e da correção monetária que incidia sobre empréstimos ao segmento. A solução orquestrada por líderes e profissionais de carreira do Ministério da Agricultura e Banco Central foi criar um sistema de securitização. Depois de vencidas inúmeras etapas técnicas, burocráticas e políticas, de convencimento do próprio governo e de aprovação no Congresso, originou-se um modelo que permitiu, gradualmente, o fortalecimento do campo, determinante para fazer do Brasil, atualmente, um dos principais celeiros do mundo.
“Foram tempos difíceis, mas de grandes aprendizados. Muitos tiveram de trabalhar ardorosamente para que as vitórias viessem e se consolidassem. O que temos hoje é fruto de unidade, sinergia e vontade e as conquistas alcançadas a duras penas não podem, em hipótese alguma, ser perdidas”, afirmou Ricardo que, emocionado, agradeceu a homenagem da Cotriguaçu e de suas cooperativas integradas. “Estou especialmente tocado por esse gesto e particularmente feliz em poder rever amigos tão preciosos que fiz ao longo de minha caminhada pelo banco do Brasil e pelo Ministério da Agricultura”.