16 de setembro de 2025

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Paraná

Mãe esconde gravidez, mata bebê com tesoura no Paraná; A acusada foi detida pela Polícia Civil

Polícia Civil conclui investigação sobre homicídio de recém-nascido cometido logo após o parto; jovem de 19 anos pode pegar até 50 anos de prisão.

A Polícia Civil do Paraná, por meio do setor de homicídios da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, concluiu as investigações sobre o homicídio do recém-nascido Gustavo Moreira, morto no dia 19 de agosto de 2025, logo após o parto. O crime, cometido pela própria mãe, uma jovem de 19 anos, chamou a atenção pela crueldade e pela tentativa de ocultar a gravidez de familiares e conhecidos.

O caso veio à tona quando a jovem buscou atendimento médico alegando sofrer de uma crise de hemorroidas. A equipe de saúde constatou sinais de parto recente e questionou a paciente, que afirmou que o bebê teria nascido sem vida. As investigações, no entanto, revelaram que a criança nasceu viva e foi morta em seguida.

Exames de DNA foram realizados após a identificação de três possíveis pais. Entre eles estava um adolescente de 17 anos que confirmou ter sido procurado pela jovem, mas disse não acreditar ser o genitor. Já o laudo necroscópico confirmou que a vítima nasceu com vida e morreu em decorrência de traumatismo craniano causado por objeto perfurocontundente, compatível com tesoura. Foram constatadas múltiplas perfurações pelo corpo do bebê.

Segundo a investigação, a jovem não desejava a gestação porque o possível pai havia se negado a assumir a criança. Ela teria, inclusive, tentado interromper a gravidez por meios caseiros e passou os nove meses ocultando o estado gestacional de todos ao seu redor, usando justificativas para disfarçar o crescimento abdominal.

A polícia concluiu que o crime foi cometido com dolo e premeditação, configurando homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido praticado contra o próprio filho menor de 14 anos. Além disso, a jovem também foi indiciada por ocultação de cadáver.

O inquérito já foi encaminhado ao Poder Judiciário para análise do Ministério Público. As penas pelos crimes somados podem chegar a até 50 anos de prisão.

/Luiz Felipe Max - Foto: Divulgação


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