17 de setembro de 2025

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Hackathon: Soluções inovadoras abrem caminhos para a fruticultura

O hackathon integra o Programa Fruit Cultura, criado para diversificar a matriz agrícola da região e fortalecer a fruticultura como alternativa de renda...

Foto: Divulgação

O futuro da fruticultura no Oeste do Paraná ganhou novos contornos no último fim de semana com a realização do Hackathon Fruit Cultura, promovido pela Coopavel/Espaço Impulso em parceria com Itaipu Parquetec, Crea-PR, Sebrae, IDR-Paraná, AcicLabs, Unioeste, Fundetec, Iguassu Valley e Biolabore. A equipe vencedora, Root & Fruit, apresentou a solução TraceFarm e conquistou o primeiro lugar em uma maratona que reuniu 19 participantes, divididos em sete times, em 30 horas de trabalho.

O hackathon integra o Programa Fruit Cultura, criado para diversificar a matriz agrícola da região e fortalecer a fruticultura como alternativa de renda, ao lado de culturas já consolidadas, como grãos, avicultura e suinocultura. Durante dois dias (sábado e domingo), os inscritos participaram de oficinas, mentorias, dinâmicas de grupo e validações práticas com especialistas, trabalhando para transformar ideias em soluções aplicáveis ao setor, criando novas perspectivas à atividade na região.

O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, destacou a relevância do tema e a excelência da organização: “Essa região é uma das mais ricas do planeta. Assim como avançamos com os grãos, a suinocultura e a avicultura, a fruticultura pode ser um grande foco no futuro. Fico impressionado com o nível dos projetos e com o empenho de todos os participantes. A organização e o tema escolhidos mostram que estamos no caminho certo”, afirmou Dilvo, incentivando os jovens a persistir em seus sonhos e investir em inovação.

Três eixos

Os projetos inscritos foram construídos em torno de três grandes eixos: produção e cultivo, com foco em aumento da produtividade e adaptação às mudanças climáticas; indústria e processamento, voltado à agregação de valor às frutas; e logística e comercialização, para otimizar distribuição e abrir mercados internacionais. As equipes apresentaram suas propostas em formato de pitch e foram avaliadas por critérios de inovação, aplicabilidade, impacto e escalabilidade. Ao todo, R$ 8 mil foram distribuídos em prêmios: R$ 4 mil para a equipe Root & Fruit, R$ 2,4 mil para a segunda colocada, Horticultura, e R$ 1,6 mil para a terceira, Fruto Certo.

Sob pressão

Gustavo Romagnoli Mazur, integrante da equipe Root & Fruit, ressaltou a experiência intensa de aprendizado: “Adoramos o evento. É incrível trabalhar sob pressão e aprender algo totalmente novo. Não conhecíamos nada sobre certificação e documentação na agricultura, mas com a ajuda dos mentores, conseguimos desenvolver nosso projeto. Foi uma experiência inesquecível”.

Felipe Demário da Silva, integrante da equipe Horticultura, destacou a interdisciplinaridade do hackathon. “Foi algo muito diferente do que estamos acostumados em agronomia. Trabalhar em outra área, com a ajuda dos colegas e mentores, foi sensacional. Conseguimos desenvolver um trabalho de qualidade e fomos reconhecidos com o prêmio”. Por sua vez, Esdras Berger Furmanovicz, da equipe Fruto Certo, reforçou que participar do Hackathon Fruit Cultura foi sensacional. “As mentorias, palestras e toda a dinâmica do evento nos ajudaram a montar nosso projeto e conquistar o terceiro lugar”.

Para Emily Alves Geaquinto, analista de inovação do Itaipu Parquetec, o hackathon representa a colheita de um trabalho colaborativo. “A parceria entre Espaço Impulso, Itaipu Parquetec e Coopavel rende muitas sementes e frutos. Nosso propósito é transformar tecnologia, inovação e bem-estar social. Trabalhar com educação e empreendedorismo nesses jovens cumpre um papel importante tanto no presente quanto no futuro.

Com os parceiros certos, sempre vamos longe, diz Aranay Santos Ribeiro, representante do Crea Júnior Paraná, que agradeceu a oportunidade de vivenciar um ambiente transformador. Com ideias assim, podemos mudar realidades e fortalecer toda a cadeia produtiva”. O coordenador de Inovação e do Espaço Impulso, Kleberson Angelossi, agradeceu a colaboração de todos e destacou a qualidade das soluções apresentadas aos inúmeros desafios apresentados. “Como afirmou o presidente Dilvo, a produção de frutas em escada comercial poderá, no futuro, ser tão importante ao Oeste como outras que fazem, hoje, o Oeste uma referência mundial ao setor”. O coordenador do Espaço Impulso, Kleberson Angelossi, afirma que os resultados alcançados na maratona de tecnologia demonstram o potencial de uma cultura importante e da dedicação das equipes inscritas.

Parceiros e jurados

O Crea-PR esteve presente em todas as etapas, desde o planejamento até a execução do hackathon, com acompanhamento do presidente Clodomir Luiz Ascari, do gerente regional Geraldo Canci e da assessora de Inovação Tatiana Breda. Sebrae, IDR-Paraná, AcicLabs, Unioeste, Fundetec, Iguassu Valley e Biolabore também contribuíram com mentorias e participaram da banca avaliadora, formada por Emerson Durso, gestor de projetos do Agronegócio Sebrae; José Lindomir Pezenti, gerente do IDR-Paraná de Cascavel; Rogério Aver, vice-presidente do Iguassu Valley e gerente de TI da Coopavel; Frederico Lovato, gestor da Incubadora Fundetec; e Vinícius França, gestor de Inovação AcicLabs. A facilitação das atividades ficou a cargo de Emily Alves Geaquinto, analista de inovação do Itaipu Parquetec.

Por: SOT/Luiz Felipe Max - Foto: Divulgação

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