Golpes por mensagens: PCPR reforça orientações à população sobre falsas ameaças
O delegado da PCPR Thiago Lima explica que as vítimas - pessoas físicas ou responsáveis por empresas - são coagidas a realizar pagamentos sob a falsa promessa ...
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) alerta a população sobre um novo tipo de golpe: criminosos se passam por membros de organizações criminosas e fazem ameaças por meio de aplicativos de mensagem, exigindo transferências via Pix ou boletos.
O delegado da PCPR Thiago Lima explica que as vítimas - pessoas físicas ou responsáveis por empresas - são coagidas a realizar pagamentos sob a falsa promessa de evitar agressões, prejuízos aos negócios ou ataques a familiares.
Os golpistas utilizam perfis falsos, muitas vezes com números de outros estados, e enviam mensagens, áudios e até vídeos de supostos integrantes de grupos criminosos, além de imagens de armas e símbolos retirados da internet. As mensagens costumam conter ameaças diretas e pedidos de valores em dinheiro alegando que a vítima teria causado algum tipo de prejuízo financeiro aos criminosos.
Ele destaca que a maioria dessas ameaças são falsas. “Na grande maioria dos casos, trata-se de uma mentira. A vítima não está prejudicando organização nenhuma. Os golpistas usam informações disponíveis na internet para tornar a história mais convincente”, explicou.
O que fazer ao receber mensagens desse tipo? - A orientação é não responder e não realizar nenhum pagamento.
O ideal é registrar as mensagens, fazer capturas de tela (prints) com o número ou nome do perfil que fez o contato, bloquear imediatamente o criminoso e procurar a Polícia Civil.
“Uma resposta da vítima pode gerar uma nova ameaça e aumentar o risco de se envolver ainda mais no golpe”, diz.
As vítimas podem registrar o boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela Delegacia Eletrônica da PCPR. É importante levar ou anexar todas as provas, como prints das mensagens, nomes de usuários e números de telefone utilizados na tentativa de extorsão.
Cuidados nas redes sociais - A PCPR reforça a importância de manter os perfis em modo privado e restringir o acesso às publicações apenas a pessoas conhecidas. Os criminosos utilizam informações públicas ou dados vazados na internet para montar histórias que parecem reais a fim de convencer a vítima.
“Há muitos vazamentos de dados de empresas e plataformas digitais, e esses golpistas combinam informações como CPF, telefone e local de trabalho para tentar enganar seus alvos”, explicou.
Portanto, é importante evitar postar informações que indiquem locais frequentados, como academias, escolas ou locais de trabalho. Fotos com uniformes escolares ou identidade de familiares também devem ser evitadas, especialmente em perfis abertos.
Ações de prevenção - A PCPR realiza ações educativas por meio do projeto PCPR na Comunidade, com palestras sobre segurança digital e prevenção de crimes virtuais em escolas, empresas e instituições de ensino superior. O objetivo é conscientizar a população sobre os riscos e formas de se proteger contra golpes e extorsões.
Além disso, a PCPR disponibiliza a Cartilha contra Golpes, um documento com orientações práticas para identificar e evitar diferentes tipos de golpes.
DENÚNCIAS - Deve procurar imediatamente a Polícia Civil aquele que tiver informações sobre criminosos que enviam mensagens com ameaças ou pedidos de dinheiro. O registro é fundamental não apenas para auxiliar as investigações, mas também para subsidiar políticas de segurança pública voltadas ao combate de crimes virtuais.
A denúncia pode ser feita pelo número 197 da PCPR, em qualquer delegacia do estado e pelo telefone ou site do Disque-Denúncia 181.