08 de novembro de 2025

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Pedágio: Deputado denuncia cobrança em rodovias cheias de buracos no Paraná

Parlamentares apontam que a ANTT autorizou tarifas no Lote 3 sem garantir segurança e condições adequadas nas estradas.

Pedágio: Deputado denuncia cobrança em rodovias cheias de buracos no Paraná
© Valdir Amaral/Alep

Um debate acalorado tomou conta da Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (20), após o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) denunciar a cobrança irregular de pedágio no Lote 3 das concessões rodoviárias, que inclui a Rodovia do Café (BR-376) e outros trechos estratégicos do Estado. A principal crítica é que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) teria autorizado o início das tarifas antes que as concessionárias cumprissem as exigências básicas de segurança e trafegabilidade.

O contrato firmado com a empresa Motiva Paranávias determinava que o início da cobrança só poderia ocorrer após a execução de melhorias essenciais, como pavimento em boas condições, sinalização completa e limpeza nas áreas das praças de pedágio. No entanto, parlamentares afirmam que os usuários estão sendo cobrados por um serviço inexistente, enfrentando buracos, ausência de sinalização e trechos considerados perigosos, especialmente entre Ponta Grossa e o Norte do Estado.

Romanelli e outros deputados apresentaram um requerimento à ANTT pedindo explicações sobre a autorização da cobrança. O documento contou com o apoio de parlamentares de diferentes partidos, como Moacir Fadel, Cristina Silvestri, Delegado Tito Barrichello, Ricardo Arruda, Márcia Huçulak, Gora, Samuel Dantas, Cobra Repórter, Evandro Araújo e Hussein Bakri.

Durante a discussão em plenário, diversos deputados relataram problemas semelhantes em suas regiões. A deputada Mabel Canto, por exemplo, afirmou que trafega diariamente pelo trecho e confirmou a precariedade da via. Outros parlamentares, como Rangel e Tercílio Turini, reforçaram a necessidade de transparência e fiscalização mais rigorosa nos contratos de concessão.

Romanelli também destacou a falta de diálogo com os municípios afetados pelas obras de duplicação. Ele citou o caso de Cambará, onde a duplicação da BR-369 estaria prejudicando moradores e comerciantes locais por não considerar o plano diretor da cidade.

Apesar das críticas, o deputado defendeu a importância do pedágio para garantir a manutenção das rodovias, desde que haja contrapartida das concessionárias. Segundo ele, o problema não está na cobrança em si, mas na ausência de condições mínimas para justificar o valor pago pelos usuários.

/Luiz Felipe Max - Foto: Valdir Amaral/Alep

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