31 de outubro de 2025

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Falhas constantes de energia no Oeste do Paraná acendem alerta e mobilizam prefeitos e entidades

Mesmo sem chuvas ou ventos fortes, quedas frequentes no fornecimento de energia têm causado prejuízos a produtores, empresários e moradores da região.

Foto: Divulgação

As constantes interrupções no fornecimento de energia, mesmo em dias sem chuvas ou ventos fortes, levaram quatro entidades e representantes de dez municípios da região a participar de encontro com diretores da Copel na tarde desta quinta-feira, 30, na Acic, em Cascavel. As demandas foram apresentadas ao gerente da Copel nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, Carlos Eduardo Galina, e funcionários de outros setores.

O encontro foi organizado pela Caciopar, POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), Codesc (Coordenadoria de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel) e Acic. O prefeito de Lindoeste, Sílvio Santana, também participou, além de diretores de associações comerciais e das prefeituras de Guaíra, Guaraniaçu, Vera Cruz do Oeste, Quedas do Iguaçu, Palotina, Medianeira, Marechal Cândido Rondon, Santa Helena, Cascavel e Lindoeste.

Os presidentes da Caciopar e do POD, Reni Fernande Felipe e Alci Rotta Júnior, relataram que há muito recebem queixas das associações e de empresas de toda a região sobre problemas no fornecimento de energia e que medidas urgentes precisam ser adotadas, porque há sérios prejuízos a produtores rurais, empresários, consumidores residenciais e à economia dos municípios afetados. O presidente da Acic, Marciu Blazius, reforçou solicitação de uma nova subestação para atender a região do Citvel, na saída para Curitiba e bairros próximos.

Relatos

Os presentes puderam se manifestar e apresentar relatos de problemas enfrentados nas suas cidades. Os mais comuns são de quedas constantes no fornecimento de energia, inclusive em dias sem qualquer interferência climática. Entre os relatos, os mais recorrentes foram de perdas de animais e produção no campo, de prejuízos no comércio, principalmente em setores com mercadorias perecíveis, e até em clínicas e hospitais que não têm recursos para geradores.

Um dos presentes informou que, em uma pesquisa feita com empresários de Vera Cruz do Oeste, houve o caso de interrupção de energia durante uma cirurgia. “Queremos e precisamos de respostas concretas e confiáveis, porque não sabemos mais o que dizer aos nossos comerciantes e moradores”, pontuou a presidente da Acelin, de Lindoeste, Alessandra Michele Guelere.

Causas e obras

Galina informou que mais de 40% dos desligamentos que acontecem na área rural e pelo menos 20% deles, nas cidades, têm a vegetação como responsável. Há programas e planos para reduzir o problema, que precisa de parceria com os municípios e os produtores, informou. Falou também do Paraná Trifásico, que já investiu em 25 mil quilômetros de redes e da existência de mais de 200 mil agricultores que estão próximos delas e que ainda se utilizam de sistemas monofásicos. O governo, disse Galina, deve lançar linha de crédito em breve para que produtores possam modernizar seus equipamentos e acessar a nova rede, mais robusta e confiável.

O gerente da Copel respondeu a cada uma das demandas e informou sobre obras em curso e outras previstas para, no mínimo, amenizar o atual cenário. Galina informou que um dos fatores da atual situação registrada no Oeste é que a região cresce o dobro da média do Paraná, que avança acima da média nacional. “Nosso desafio é conseguir crescer na mesma proporção e velocidade”. Ele também comentou sobre a instalação de novas subestações, a exemplo de Capitão Leônidas Marques, e de desafios com a demora em conseguir licenças. Somente em manutenções, neste ano no Oeste, a Copel investe R$ 500 milhões.

Por: SOT/Luiz Felipe Max/Jean Paterno - Foto: Divulgação

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