18 de novembro de 2025

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Dia Mundial da Prematuridade: HUOP reforça vínculo entre equipes e famílias

A UTI Neonatal do hospital é referência em neonatologia e conta com 10 leitos que atendem pacientes de diversas regiões do estado.

Foto: Pedro Philippus

O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), por meio da UTI Neonatal, iniciou ontem (17) a programação em comemoração ao Novembro Roxo, mês dedicado à prematuridade, que tem como marco o Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro.

O evento foi realizado  no auditório do HUOP e contou com a presença de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, equipe multi da UTI Neonatal e UCI, além dos residentes, alunos e pais. O objetivo foi discutir temas relacionados à humanização do cuidado, tanto com os bebês quanto com suas famílias.

“Nós realizamos este evento para promover sensibilização e conscientização, porque a prematuridade precisa ser trabalhada desde o início da gestação, durante o pré-natal. É fundamental incentivar as famílias a participarem desse processo e estarem bem orientadas caso ocorra um parto prematuro, para que não se sintam perdidas e façam parte de tudo desde o começo”, explicou a diretora de enfermagem do HUOP, Sara Priscila de Carvalho Treccossi.

A UTI Neonatal do hospital é referência em neonatologia e conta com 10 leitos que atendem pacientes de diversas regiões do estado.

Para a enfermeira Graziele Mazzotti Barreto, que atua na unidade há 24 anos, a humanização da assistência e a participação ativa dos pais, inclusive após a alta, no acompanhamento ambulatorial, trazem resultados muito mais satisfatórios na recuperação dos bebês.  

“Vivemos histórias de sucesso diariamente. Um exemplo é o de uma bebê que nasceu em casa com apenas 500 gramas, foi atendida aqui e hoje está saudável, já completou um ano de vida. São verdadeiros milagres, alinhados à fé das famílias e à qualidade da assistência. Para nós, não é apenas mais um bebê: é o amor de alguém. Por isso, todos os dias precisamos vir com brilho nos olhos para cuidar deles”, destacou.

A enfermeira administrativa da UTI Neonatal, Rosilene Berres, ressaltou que o encontro busca aproximar pais e profissionais para fortalecer vínculos e acolhimento.

“Como muitos bebês ficam internados por longos períodos, às vezes os pais podem sentir que eles pertencem à UTI, e não à família. Trazer os responsáveis para perto é essencial para o vínculo e para a evolução clínica. Observamos resultados positivos inclusive com o toque, a voz e o calor dos pais”, afirmou.

Entre as famílias presentes estavam Fernanda Gonçalves e Admilson Fernando, pais dos gêmeos Benício e Bernardo, que nasceram com 30 semanas e foram atendidos na UTI Neonatal do HUOP.

“Nós temos seis filhos e todos nasceram aqui. Quando os gêmeos ficaram internados, pude ficar muito próxima deles, e eles foram cuidados com muito carinho”, relatou Fernanda. Admilson complementou: “Aqui fizemos amigos entre médicos e enfermeiros.”

Também participaram os pais das gêmeas Isabel e Isabela, que permaneceram internadas por 57 dias. “Podíamos entrar a qualquer momento na UTI. Mesmo colocando apenas a mão dentro da incubadora e tocando nelas, parecia que entendiam tudo. Eu senti que aqui elas tinham outra família. A gente nunca espera precisar de pessoas desconhecidas, e ver nossas filhas sendo tão bem cuidadas trouxe alívio”, contou a mãe, Tamara Alves.

Por: SOT/Luiz Felipe Max - Foto: Pedro Philippus

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