terça-feira, 13 de maio de 2025

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Caso Mari Ferrer: manifestação em Cascavel vai repudiar ataques a blogueira durante julgamento

Imagens de audiência vazadas nesta terça pelo The Intercept causaram indignação por todo o País...

O tratamento recebido por uma jovem durante o julgamento do homem que ela acusou de estupro em Santa Catarina provocou indignação, reação e críticas por todo o País. Em Cascavel, uma manifestação está sendo organizada para o próximo domingo (8), às 16h, defronte a Catedral, na Avenida Brasil.

O manifesto está sendo organizado pelas psicólogas do instituto Ressignificar, Luana Cristina e Mariana Gudino; e as estudantes Samara Thalia Miezerski, Maria Eduarda Willemann, Júlia Helena Burtett Gudino e Ana Eduarda Soligo. O convite para a manifestação está sendo compartilhado pelas redes sociais e grupos de whataspp. Ele diz o seguinte:

Recebemos a notícia de que o abusador de Mari Ferrer foi absolvido e os momentos de violência pelos quais ela passou foram chamados de "estupro culposo". Perante quatro homens, o sofrimento e choro de Mari foram chamados de dissimulados, "lágrimas de crocodilo". Uma derrota gigantesca para todas as mulheres. Por causa disso, manifestações estão sendo organizadas em todo o país. Nós, de Cascavel - Paraná, não podemos ficar de fora. 

A manifestação será no domingo, dia 08/11, às 16h, em frente à Catedral. É hora de unirmos nossas forças e exigirmos justiça não só por Mari Ferrer, mas por todas as mulheres brasileiras. Contamos com a presença de todos. 

O caso - A blogueira Mariana Ferrer acusa o empresário André de Camargo Aranha de tê-la estuprado em dezembro de 2018, em um camarim privado, durante uma festa em um beach club em Jurerê Internacional, em Florianópolis. Ela tinha 21 anos e era virgem.

Julgamento - O inquérito policial concluiu que o empresário havia cometido estupro de vulnerável, quando a vítima não tem condições de oferecer resistência. O Ministério Público denunciou o empresário à Justiça.

Durante o processo, o promotor do caso foi transferido para uma outra promotoria e o entendimento do novo promotor foi o de que o empresário não teria como saber que Mariana não estava em condições de dar consentimento à relação sexual, não existindo, assim, o dolo, a intenção de estuprar. Essa conclusão do promotor está sendo chamada de "estupro culposo". Aranha foi absolvido.

Vídeo de audiência - O caso voltou à tona nesta terça-feira (3) depois que o site The Intercept Brasil publicou o vídeo de uma audiência do caso em que o advogado de defesa, Cláudio Gastão da Rosa Filho, exibe fotos sensuais feitas por Mariana Ferrer quando era modelo profissional, definindo-as como "ginecológicas"; ele afirma ainda que "jamais teria uma filha" do "nível" de Mariana.

É possível ver, no vídeo da audiência, que a jovem reclamou do interrogatório para o juiz.

A defesa de Mariana Ferrer repudiou a sentença do Poder Judiciário catarinense e reforçou que só a vítima pode afirmar se houve ou não consentimento, não o promotor ou o juiz.



Via: Redação/Preto no Branco - Foto: Divulgação

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