Presidente e vice do Siprovel debatem com Professora Liliam sobre a volta às aulas
Segundo Josiane Vendrame, "os professores têm sofrido grande discriminação por parte da sociedade, como se até agora eles fossem os responsáveis pela paralisação das atividades nas escolas...

Na manhã desta segunda-feira (22), a presidente do Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel (Siprovel), Josiane Maria Vendrame, e a vice, Gilsiane Quelin Peiter, debateram com a vereadora Professora Liliam sobre o retorno de parte dos estudantes às aulas presenciais em Cascavel. Muitas queixas e reclamações sobre o tema têm chegado à vereadora e ao Sindicato.
Segundo Josiane Vendrame, "os professores têm sofrido grande discriminação por parte da sociedade, como se até agora eles fossem os responsáveis pela paralisação das atividades nas escolas". A professora diz que há também uma série de questionamentos devido ao retorno ao trabalho de profissionais que estão no grupo de risco, previsto na Instrução Normativa nº 002/2021.
"Em nenhum momento paramos de trabalhar. Pelo contrário, trabalhamos exaustivamente para nos adequarmos ao atendimento remoto aos nossos alunos e para suprirmos o desenvolvimento pedagógico dos mesmos. Não somos contra o retorno, desde que as condições se apresentem seguras", destaca Josiane.
Momento mais grave da pandemia
Para a Professora Liliam, a volta às aulas no ápice da pandemia é um imenso contrassenso. "Cascavel está no limite do colapso do seu sistema de saúde. A pandemia em nossa cidade, assim como em todo País, encontra-se no seu momento mais grave e, mesmo assim, hoje assistimos ao retorno presencial da educação municipal. Eu entendo que a comunidade anseie pelo retorno, mas o nosso desejo não pode ser o caminho da nossa razão", defendeu a vereadora.
Segundo matéria publicada no Jornal O Paraná nesta segunda, a situação do sistema de saúde de Cascavel e de toda a Macrorregião Oeste é caótica. O texto traz a declaração do diretor-geral do Hospital de Retaguarda de Cascavel, Lísias Tomé, de que este é o momento mais delicado desde o início da pandemia e que "os hospitais estão completamente cheios".
Para a vereadora, também não cabe à Secretaria de Educação o controle da pandemia, mas sim ao prefeito Leonaldo Paranhos. "Por mais que esta Secretaria se debruce, e diretores de escola, e coordenadores, pedagogos e profissionais de educação se debrucem sobre construção de alternativas, é o mundo real que se impõe. É o dado da realidade de que a vida está em risco, em risco como nunca estivemos", afirmou Liliam.
As representantes do Siprovel, juntamente com a vereadora, vão estudar alternativas para contribuir sobre a questão. "Não podemos aceitar em silêncio que mais vidas se percam e que mais pessoas sobrecarreguem o sistema de saúde", concluiu a vereadora.
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