Huop: livros ajudam pacientes a lidar com sentimentos durante internação
O assunto dos livros é direcionado conforme a demanda dos pacientes. “Para as crianças, o contexto hospitalar tem muitos procedimentos novos, o ambiente é diferente...

Os livros abordam sobre medo, procedimentos do hospital, cirurgia, e até mesmo sobre morte. A ferramenta é utilizada pela Psicologia do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop), preferencialmente com crianças, para que consigam lidar com os sentimentos durante o processo de internação. “É um instrumento a mais, lúdico, que é mais fácil para identificar as emoções do paciente. Complementa o atendimento, que se torna muito mais qualificado”, diz a psicóloga do Huop, Jaquilene Barreto.
O assunto dos livros é direcionado conforme a demanda dos pacientes. “Para as crianças, o contexto hospitalar tem muitos procedimentos novos, o ambiente é diferente, e por isso, as emoções se intensificam. Eles ficam mais ansiosos, com angústia e isso interfere no processo de hospitalização. É possível acessar esses sentimentos através desses recursos lúdicos com as histórias, que podem ser trabalhadas direto no leito do paciente. Quando eles conseguem se expressar, desconstruímos a fantasia errada que eles têm do hospital, assim, eles ficam mais tranquilos”, afirma a psicóloga residente do Huop, Raquel Camargo.
Ainda de acordo com a psicóloga, o recurso lúdico para crianças é essencial por conta da capacidade cognitiva. “Dependendo da idade, muitas vezes, estão em fase de aprendizado, e por isso, ser lúdico é mais compreensível para eles. Assim, eles também se sentem acolhidos por estarmos dispostos a ouvir o que estão sentindo”, afirma Raquel
Além dos livros com histórias sobre o contexto hospitalar, a equipe também utiliza um baralho dos sentimentos. “O baralho também é lúdico, e com ele também conseguimos direcionar alguns sentimentos dependendo da demanda da criança. Há alguns sintomas em que vamos questionando e identificando”, explica Jaquilene.
O atendimento psicológico é solicitado pela equipe multidisciplinar do hospital. Em algumas situações, os pais também são atendidos. “São diversas situações que atendemos no hospital, desde o medo da cirurgia até mesmo a morte de algum ente familiar. Pretendemos utilizar ainda mais as ferramentas, que tem se mostrado muito úteis nesse atendimento. Além disso, a experiência é compartilhada com outros profissionais de saúde, para que possam utilizar desse recurso também conforme a necessidade”, finaliza Jaquilene.
Mais Lidas
Publicidade