Cascavel

Professora Liliam faz moção por condições de trabalho nos Correios na pandemia

O agravamento da precarização - com vistas à privatização - arrasta a instituição e...

06 abr 21 - 22h11 Redação SOT
Professora Liliam faz moção por condições de trabalho nos Correios na pandemia

A vereadora Professora Liliam (PT) disse que encaminhará ao plenário da Câmara para aprovação uma moção de apoio à categoria dos trabalhadores dos Correios, que denunciam as condições de trabalho a que são submetidos durante a pandemia. "O mandato acolhe a demanda dos trabalhadores do Correios por reconhecer que estão em condições extremas de exploração e descuido. O agravamento da precarização - com vistas à privatização - arrasta a instituição e seus trabalhadores a um cenário caótico", afirma a parlamentar.

Na Tribuna do Povo da sessão desta terça-feira (06), a diretora jurídica do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas e Similares do Paraná (Sintcom/PR) e atendente comercial dos Correios, Elisabete Ortiz, apresentou dados sobre as condições de trabalho às quais estão submetidas as trabalhadoras e trabalhadores dos Correios, especialmente durante a pandemia.

A principal demanda da categoria apresentada na Câmara foi o fechamento das unidades dos Correios e os trabalhos de atendimento e entrega de correspondência aos finais de semana, uma vez que toda a cidade está mobilizada na tentativa de diminuir o contágio.

Segundo Elisabete, hoje são cerca de 150 carteiros ativos em Cascavel. Cada carteiro faz uma média de entrega de 110 pontos por dia. Assim, no mínimo, são atendidas em torno de 16.500 casas, prédios públicos e hospitais diariamente. "Isso coloca em risco não apenas os trabalhadores dos Correios, mas também as pessoas atendidas”, denuncia Elisabete.

Os funcionários dos Correios não estão enquadrados nos decretos estaduais e municipais das medidas restritivas contra a covid-19 por serem considerados pelo Governo Federal como serviço essencial, mas também não entraram na lista de grupos prioritários da vacinação.

De acordo com Elisabete, não haveria necessidade do trabalho aos finais de semana, uma vez que 98% dos objetos e correspondências são entregues pelos trabalhadores dentro do prazo, "mesmo com as tentativas de sucateamento e mentiras plantadas na opinião pública sobre os Correios”, diz a sindicalista.

Durante o pronunciamento, Elisabete disse ainda que, com o fechamento de quatro unidades que ficavam distribuídas na cidade de Cascavel, cerca de 200 funcionários estão aglomerados na mesma central. Além disso, a diretora jurídica apontou que servidores estão sendo chamados de outras cidades para dar conta do trabalho, sem a garantia de proteção e sem que os colegas sejam afastados preventivamente quando um trabalhador é diagnosticado com covid-19.

Hoje a categoria conta com uma média de cinco mil funcionários no Paraná. “Todas as cidades da região tiveram casos positivos que viraram efeito dominó por conta da negligência da empresa em não resguardar a vida dos trabalhadores e, dessa forma, colocar em risco toda sociedade”, criticou Elisabete. Ela contou que, em abril do ano passado, cada funcionário recebeu duas máscaras e mais nenhum equipamento de proteção individual deste então.

Via: Assessoria de Imprensa/CMC- Foto: Flavio Ulsenheimer


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